“Catcher in the Rye” de J.D Salinger é de culto, é subversivo.
Holden Caulfield, 16 anos, é capaz de ser das personagens mais fascinantes da literatura americana, tanto ou mais que o próprio autor, figura misteriosa que recusa ser entrevistado.
O que é curioso no personagem Holden Caulfield é que não representa nenhum estereótipo, não é revolucionário (o seu sonho é viver com uma mulher muda numa cabana em floresta deserta), não é corajoso (ele considera-se um “yellow”), não é um lutador, não é especialmente brilhante, enfim é um “regular Joe”.
No entanto é um personagem que suscita compaixão, e com quem, de alguma maneira, nos sentimos identificados. A sua maior preocupação é a falsidade, a incapacidade dos demais serem genuinamente verdadeiros, a representação, a actuação. Quer seja na forma de vestir, nas palavras usadas, no raciocínio utilizado, nos trejeitos, na forma de andar… Nunca somos verdadeiramente nós próprios. Como resultado Caulfield está sempre deprimido.
Na busca de alguém genuíno Caulfield consegue incompatibilizar-se com os todos os que o rodeiam, excepto com a sua irmã de 10 anos, Phoebe (Aos 10 anos ser genuíno não custa nada, é espontâneo).
Mas, na verdade, a pessoa menos genuína é o próprio. Caulfield sistematicamente suspira pelo passado, sendo certo que o passado fazia-o tanto ou mais deprimido que o presente. Ora, não existe maior falsidade que depender do passado para poder criticar o presente pois o tempo é bastante selectivo a apagar memórias.
Holden Caulfield, 16 anos, é capaz de ser das personagens mais fascinantes da literatura americana, tanto ou mais que o próprio autor, figura misteriosa que recusa ser entrevistado.
O que é curioso no personagem Holden Caulfield é que não representa nenhum estereótipo, não é revolucionário (o seu sonho é viver com uma mulher muda numa cabana em floresta deserta), não é corajoso (ele considera-se um “yellow”), não é um lutador, não é especialmente brilhante, enfim é um “regular Joe”.
No entanto é um personagem que suscita compaixão, e com quem, de alguma maneira, nos sentimos identificados. A sua maior preocupação é a falsidade, a incapacidade dos demais serem genuinamente verdadeiros, a representação, a actuação. Quer seja na forma de vestir, nas palavras usadas, no raciocínio utilizado, nos trejeitos, na forma de andar… Nunca somos verdadeiramente nós próprios. Como resultado Caulfield está sempre deprimido.
Na busca de alguém genuíno Caulfield consegue incompatibilizar-se com os todos os que o rodeiam, excepto com a sua irmã de 10 anos, Phoebe (Aos 10 anos ser genuíno não custa nada, é espontâneo).
Mas, na verdade, a pessoa menos genuína é o próprio. Caulfield sistematicamente suspira pelo passado, sendo certo que o passado fazia-o tanto ou mais deprimido que o presente. Ora, não existe maior falsidade que depender do passado para poder criticar o presente pois o tempo é bastante selectivo a apagar memórias.
1 comentário:
uma referência para os "emos"..
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