terça-feira, janeiro 31, 2006

Mais

Volto mais portenho. Mais tolerante com os taxistas. Mais piazzoliano. Mais patagónico. Mais fanático por futebol. Mais borgesiano. Mais pedante. Mais maradoniano. Mais magro. Mais bostero. Mais carnívoro. Mais pobre. Mais rico.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Causas perdidas


Hoje. Em Madrid.

Efeitos directos da Lei anti-tabaco:
Redução dos fumadores.

Efeitos colaterais da Lei anti-tabaco:
Aumento da venda de caramelos
Aumento das receitas das farmacias.

Nós vistos por cá

In abc:

Mil veces se ha señalado que Portugal tenía todas las condiciones en 1985, al ingresar en el ámbito comentario, para haber imitado a Irlanda. Da la impresión de que a Guterres y a Soares esto no se les pasó por la cabeza. Bagão Felix, persona clave en el último Gobierno de centroderecha (PP-PSD) que gobernó Portugal, declaraba a «Les Echos» de 20-21 de enero de 2005, que «Sócrates da prueba de valentía y de firmeza, por supuesto, pero no es, ni aumentando los impuestos ni con grandes proyectos como la construcción de una red nacional de trenes de alta velocidad, y un nuevo aeropuerto internacional a 50 kilómetros de Lisboa, al que no se le ve ni racionalidad económica, ni social, lo que relanzará la economía y barrerá el déficit», del sector público. Cavaco, buen economista, intentará cambiar todo esto, para llevar adelante la síntesis de su programa, pues en su campaña electoral había declarado: «El país está en un punto de inflexión. No podremos alcanzar un desarrollo sostenido sin una Hacienda disciplinada».Si no lo logra, será muy malo para Portugal y, por cierto, dañoso para España.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Queria só lembrar que isto não é o terceiro mundo

É lamentável em Portugal no ano 2006, a grande maioria das pessoas que falaram na noite das eleições começarem por dar os parabéns pelo facto do acto eleitoral ter decorrido de um modo civilizado e sem problemas. A quem é que estas pessoas se estão a dirigir? Aos guerrilheiros que estão escondidos na serra do Marão e que ameaçaram atacar com balões da água as secções de voto de Vila Real, ou à célula terrorista de Sobral da Adiça que pretendia pôr bombas de mau cheiro em Moura. Este género de comentário não só é desnecessário, como é ofensivo para a população. Nós já temos razões de sobra para nos sentirmos atrasados como país, não inventem mais.
Por favor, nas próximas eleições limitem-se a dar os parabéns ao vencedor e vão para casa porque na segunda é dia de trabalho.

Fobias

Das coisas que mais me custa é enfrentar uma folha em branco.
O acto de começar a escrever na sobredita supõe um processo de mentalização que consiste em adiar o mais possível.

segunda-feira, janeiro 23, 2006


Porque Portugal vai ser maior.

Pirâmide populacional

O reflexo de que a nossa pirâmide populacional ainda ( e aqui ainda bem) está invertida revela-se no facto do PCP ainda ficar à frente do Bloco de Esquerda em eleições.

sábado, janeiro 21, 2006

Onde está o Wally


(clicar para ampliar)
Encontrar 72 bandas não é tarefa fácil. Para além dos óbvios Led Zeppelin, Smashing Pumpkins, Pixies, Rolling Stones, existe muito por onde buscar. Care for a challange?

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Match Point


Emily Mortimer

Desde "Sweet and Low Down" que não saia tão satisfeito do cinema.
Vaya pelicula.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Politicamente incorrecto

Finalmente haverá na cerimónia alguma coisa que pise o risco. O grande maverick Robert Altman vai ser homenageado com um Oscar honorário pela sua inacreditável carreira. Para tudo ser perfeitamente desalinhado (como sempre foi seu apanágio) só falta o homem chegar ao palco para receber o boneco e mandar todos á merda.

És o máior Bob!!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Smoke/ No smoke

De volta à lei antí-tabaco espanhola só para fazer uma adenda ao comentário anterior.

A lei em sí é inofensiva, mas uma luminária lembrou-se de proibir a venda de tabaco em todo o lado excepto nos locais indicados. Por locais indicados entenda-se obscuros locais identificados com um "T", abertos da 8 às 6, de localização altamente incerta.

Que o Estado me proiba fazer mal às pessoas que me rodeiam é uma coisa. Acho muito bem, concordo e até encorajo.

Agora, que o Estado faça de meu médico particular e não me deixe, ou limite a minha capacidade de adquirir produtos legais que satisfazem as minhas necessidades e os meus vícios já me parece um exagero, e além de exagero um termendo erro.

Só irá potenciar o fenómeno "lei seca", ou seja, a venda ilegal, o lucro oportunista e a proliferação de ilegalidades.

O clássico de esquecer de comprar um maço de cigarros entre as 6 e as 2 da manhã deixou de ser um clássico para tornar-se num verdadeiro terror.

De Chris Rock a Jon Stewart em 365


Pago para ver o Jon Stewart a apresentar os óscares este ano.

+ X%

Pedro disse de sua justiça. Aníbal respira de alívio, ganha mais votos e agradece o favor.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Home Theater, sentido literal


Primeiro tive o reservadíssimo previlégio de assistir à peça no palco do D. Maria II, por ocasião do Lisboa' 94 Capital da Cultura - se não estou em erro esteve apenas em cena 1 ou 2 noites. Agora é a vez de apreciar a obra de Tony "Pulitzer" Kushner em palcos caseiros. Com certeza não será a mesma coisa, mas também não é isso o que se espera ou o que se pretende.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Uma ideia vale mais que 1 milhão de dólares

$$$
Esta ideia, aparentemente simples, rendeu ao seu criador 1 milhão de dólares.

Sopa dos ricos

Só queria acrescentar o valor exacto ao post do DC, 1,5 milhões de euros segundo o diário digital. Dá para muita sopa .

No smoking

Para que conste.
Ao contrário do que foi dito em tudo o que é telejornal português, a lei anti-tabaco espanhola não é a mais rígida da europa. Pelo contrário. Nos locais de lazer a abertura para fumar é total.

Demagogia em estado puro

Quantas sopas não pagaria a misericórdia com o que pagou pelo patrocínio do lisboa-dakar?
Será que os senegaleses estão interessados em jogar no euromilhões?

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Diz-me onde trabalhas…

E talvez possa dizer quem és.

Nestes tempos de massificação e uniformização de comportamentos é engraçado viver o ambiente de cada local de trabalho.

Numa recente sondagem que saiu num qualquer jornal dizia-se que as pessoas tinham mais confiança num médico que ostentasse uma gravata do que um descamisado. Ora nessa linha, em visita a uma agência de publicidade vejo que tanto para os trabalhadores como para os clientes vale tudo menos andar nú. Isso, em contraste por exemplo com um escritório de advogados, onde uma camisa às riscas ou uma gravata amarela é um arrojo, diz muito do que se espera de cada profissional. Fica a ideia que se um publicitário aparecer de gravata provavelmente porá as lavadeiras a vender Omo, e se uma advogado ou médico aparecerem só de camisa serão respectivamente especialistas em divórcios ou cirúgia plástica.

Estado do Estado

Uma ida às finanças é o melhor exemplo de quando se tenta dialogar com o Estado e ele não quer ou não consegue.

Alzira

Além do nome tipicamente português (nome da empregada dos meus avós) coincide com uma das melhores óperas de Verdi. Para quem gosta de coros poderosos e inflamados e de óperas dominadas pelo tenor encontrará aqui um bom asilo musical. Estranhamente é uma das óperas menos conhecidas de Verdi o que só é explicável pelas poucas encenações que se fizeram desta ópera.
Acresce que a par das Vespri Siciliani tem a melhor abertura de Verdi.

Ana Sousa Dias

Não consigo gostar da senhora. Nunca gostei, fiz um esforço quando estava na moda mas é penoso ver aquelas entrevistas. Tudo é vagaroso, numa permanente primeira mudança.

Isto a propósito das duas últimas entrevistas que vi dela. O Ricardo Araújo Pereira parecia um peixe fora de água, as perguntas, de um interesse confrangedor, mereciam respostas monosilábicas. A última, com Paolo Pinamonti (director do S. Carlos), foi a gota de água. Quando Ana Sousa Dias pergunta se o público português é um bom público para além de tossir muito, senti vergonha. Mais ainda quando remata perguntando se os outros públicos são iguais. Ou seja, numa frase consegue coincidir ignorância confessa, provincianismo primário e pedância aguda.

Honra seja feita aos dois convidados que, apesar do visível incómodo, portaram-se à altura, sobretudo Pinamonti que nunca tinha visto ao vivo e fiquei com muito boa impressão, o que aliás reflecte o excelente trabalho que tem feito no S. Carlos.

Vasalagem a mais... chateia

Sobre o novo de Sam Mendes à volta da 1ª guerra do Golfo, "Jarhead", pouco há a dizer. Estão lá Coppola, Cimino, Stone, Kubrick, Ashby e por aí fora. Ao principio a coisa até corre decentemente. Uma referência ao "Apocalypse Now" fica sempre bem. Mas com o decorrer do filme as coisas começam a revelar-se um bocado desnecessárias. É uma sequência de vénias atrás de vénias até se chegar à ridícula cena em que o grupo de magalas se embebeda gravemente a cantar o "O.P.P." dos Naughty by Nature, remetendo levianamente para a maravilhosa cena do "Platoon" em que a rapaziada desfruta de uma belíssima pedrada ao som do Smokey Robinson & the Miracles a cantar "The Track of my Tears".

Conclusão: é copy/paste a mais para o meu gosto.

p.s.: Uma line do filme salvou-me temporariamente. Ao ouvir o "Break on Through" a personagem principal sai-se com a seguinte genialidade: "That's Vietnam music. Can't we get our own music?"

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Globalização

Bono Vox actualmente é a versão/réplica internacional do Paulo China.

A matraca provoca pânico


"O Grito" de Edvard Munch

O quadro deve ilustrar bem o estado de espírito da equipa do candidato do mofo. Directores de campanha, assessores de imprensa, apoiantes e toda essa gente que, democratica e civicamente, anda a promover esforços para o sucesso da sua candidatura devem andar em terror constante. Um verdadeiro estado de sítio eleitoral. Cada vez que o candidato abre a boca o pânico deve ser generalizado, tal é a quantidade de pérolas e bojardas (não sabia que Ribeiro e Castro era xuxa) proferidas nas últimas semanas de luta política.

Cada semana, cada tiro. Cada tiro, cada melro.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

O adeus de Rainho

Vítor Rainho despediu-se esta semana das suas crónicas na revista Única.
A crónica intitulada o ultimo copo, era um espaço sem nada escrito.
Finalmente uma crónica com a qual concordo do principio ao fim.

O regrrresso do rrrrrei

Acabei de ouvir a entrevista de Francisco Louçã na TSF. Continua em grande forma.

Seguidores

Arquivo do blogue