segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Há dias sagrados

Há de facto dias sagrados. Dias especiais. Perguntar-me-ão porquê? Fácil a resposta. Hoje foi um dia especialíssimo porque hoje foi dia de lampreia ao almoço. E não brinquemos com coisas sérias. Seríssimas! Como uma vez por ano lampreia e isso, manifestamente, é importante na minha vida. Primeiro porque arroz de lampreia é um prato gastronómico que afasta quaisquer ideais ou princípios de democracia que eu ainda dogmaticamente possa ter e defender. Não há espaço para gostar ou não. É simplesmente uma das melhores coisas do mundo e toda a gente, sem excepção, deveria ser obrigada a gostar e a apreciar condignamente. Depois temos o verde tinto da Adega Cooperativa de Ponte da Barca bem fresco para acompanhar o repasto. Chega a ser pornograficamente bom. Por fim, e talvez seja a melhor das razões, é a minha companhia. Todos os anos está lá e nunca me falha. É um dos nossos rituais incontornáveis, religioso mesmo, e sem ele, a minha vida ficaria escandalosamente mais pobre. É o meu parceiro de toda a vida e desta forma ser pagão é fácil (até demais). Ainda saboreio a deste ano mas já só penso na do ano que vem.

Desconcertos

Aguardar a vez para a consulta no oftalmologista na respectiva sala de espera, amparado pela tranquila leitura de "Ensaio sobre a Cegueira" de José Saramago.

Óscares in a nutshell

Óscares 2007. Muito mais longos do que os últimos anos mas, paradoxalmente, muito melhores.

1. Ellen DeGeneres, gostei francamente, copiou o modelo do seu "show" diário; dança e interacção com as câmaras, e sempre deixou o governo instituido em paz por uma noite.

2. Uma "cerimónia" muito mais estética e muito mais cuidada. O jogo de sombras pareceu-me absolutamente fenomenal, especialmente a recriação do little miss sunshine detrás da tela branca.

3. Will Farrell e Jack Black hilariantes, John C. Reilly à altura.

4. "clips" bem conseguidos. A dualidade cinema estrangeiro/Tornatore e cinema americano/Mann resultaram bem.

5. Meryl Streep e Anne Hethaway foi muito bom.

PS. Vestidos deixo para quem sabe, mas subscrevo o Diogo. Discursos nenhum especialmente brilhante, apenas ficou demonstrado que o Leonardo DiCaprio cada vez mais assume um papel de instituição dentro da instituição.

Eduardo Cruz y Encarna Sánchez

Sem dúvida, dois dos grandes vencedores da noite.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

TAP (take another plane)

Ainda a propósito de Madrid. O avião descolou com 45 minutos de atraso, 30 dos quais eu estava sentado já dentro do avião. Coincidência ou não, o avião só descolou depois do Horta Osório ter entrado dentro do avião com esses mesmos 45 de atraso.
P.S. O Paulo Azevedo, fresquinho de vir da Telefónica era um dos que estavam sentados.

E as tendas de campismo?

A propósito da noticia que refere que apenas cerca de 55% dos gastos da Assembleia da República são com ordenados dos deputados (sendo os restantes com gastos de representação, ajudas de custo e demais complementos), nem de propósito, na semana passada, dei de caras com o António Filipe (esse grande comunista) e com o Pina Moura (esse grande ex-comunista) hospedados no Hotel Palace, em Madrid, para a convenção inter parlamentar entre Portugal e Espanha.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Os Outros


Obituários sob pressão

Anne Nichole Smith, a rainha da Playboy, a viuva de milionário com 98 anos e matérias quejandas foi encontrada morta. Depois da morte do filho há menos de dois meses, depois de ver recém nascer uma filha, depois de um processo de paternidade que encheu jornais, depois de se assumir dependente de narcóticos, sucumbiu à pressão.
Erika Órtiz, "hermana" de Dueña Letizia, artista, irmã de princesa nas horas vagas, foi encontrada morta. O medo de pôr em causa a imagem da irmã e a infelicidade amorosa levaram-na a sucumbir à pressão por um punhado (ou dois) de tranquilizantes.

Já se impõe a pergunta...

O 50 cent sabe sequer que Portugal existe?

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Prince

Depois do "acidente" Timberlake/Janet Jackson é já costumeiro, entre os americanos, tentar encontrar ou criar um paralelo, algo que os anime, que ponha o Jerry Falwell aos gritos.

Este ano parece que o Prince, deliberadamente, usou do seu instrumento fálico.

Stephen Colbert já veio dizer: "They knew that they were dealing with a lustful, pansexual rock 'n' roll deviant," said Colbert, who joked that the sheet hid (not enhanced) Prince's "demonic guitar phallus."

E alguém veio lembrar: on Prince's "Purple Rain" tour in the mid `80s, he performed with a guitar that would ejaculate, squirting water out of its end during the climax of "Let's Go Crazy."

É o que dá não convidarem a Celine Dion para os intervalos.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Chicago T(B)ears


"Grossman's decision to attempt such a throw given the situation could be described best as reckless. Ill-advised. Even ignorant, to use the word Grossman himself introduced into Super Bowl week."

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