Para facilmente compreender tudo aquilo que se passa actualmente naquele que é, muito provavelmente, o maior enclave do mundo, o Neve de Orhan Pamuk (editorial Presença), para além de se revelar um extraordinário exercício com laivos autobiográficos - de alguém que durante toda uma vida foi atormentado pelos mesmos fantasmas, começando pelo de Attaturk -, é absolutamente obrigatório.
Perceber o alcance dos eternos dilemas que se verificam naquela região desde há séculos - O Meu Nome é Vermelho (editorial Presença), também da autoria do Nobel da Literatura 2006, já reflectia sobre a problemática do Oriente vs. Ocidente - e ter um genuíno contacto com toda a esquizofrenia emocional colectiva turca é algo inevitável num livro que devia ser de leitura obrigatória nas instâncias comunitárias. Para o bem ou para o mal.
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