quarta-feira, setembro 29, 2010

Desmancha prazeres

Uma das minhas últimas obsessões, a música de Jim O'Rourke, tem algo de ingrato. É evidente para lá do explicável que se trata de um músico excepcional, com uma noção/ideia de som verdadeiramente imaculada. Até aqui nada de novo.


Mais difícil é perceber que, à medida que se vai deambulando pela sua discografia (neste quesito ainda tenho de fazer alguma despesa), álbuns fantásticos como "Yankee Hotel Foxtrot" (2002) ou "A Ghost Is Born" (2004) ganham alguma insignificância. À medida que se vai ouvindo milagres como "Eureka" (1999), "Insignificance" (2001) ou o recente "The Visitor" (2009) é fácil (mas injusto... não?) cair na tentação de classificar como despiciente o labor, talento e boa vontade de fulanos como o Jeff Tweedy.


Sejamos claros (quero tudo menos ganhar uma fatwa de algum talibã dos Wilco): os clássicos da banda de Chicago são... clássicos. Discos enormes. Mas depois, conhecendo melhor a obra do homem de Chicago, percebe-se tudo: são álbuns que ficaram a meio caminho.

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