quarta-feira, janeiro 11, 2006

Smoke/ No smoke

De volta à lei antí-tabaco espanhola só para fazer uma adenda ao comentário anterior.

A lei em sí é inofensiva, mas uma luminária lembrou-se de proibir a venda de tabaco em todo o lado excepto nos locais indicados. Por locais indicados entenda-se obscuros locais identificados com um "T", abertos da 8 às 6, de localização altamente incerta.

Que o Estado me proiba fazer mal às pessoas que me rodeiam é uma coisa. Acho muito bem, concordo e até encorajo.

Agora, que o Estado faça de meu médico particular e não me deixe, ou limite a minha capacidade de adquirir produtos legais que satisfazem as minhas necessidades e os meus vícios já me parece um exagero, e além de exagero um termendo erro.

Só irá potenciar o fenómeno "lei seca", ou seja, a venda ilegal, o lucro oportunista e a proliferação de ilegalidades.

O clássico de esquecer de comprar um maço de cigarros entre as 6 e as 2 da manhã deixou de ser um clássico para tornar-se num verdadeiro terror.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro amigo Domingos,

No fundo - bem lá no fundo, eu diria - o Estado não deixa de ser seu médico particular. Constitucionalmente (ao menos no papel, e na maioria das democracias ou ao menos das que se dizem ser), o Estado deve fornecer saúde pública digna (sic) a todos seus cidadãos.
Portanto, no fundo (mais uma vez) o que ele pretende é força-lo a parar de fumar (nao só a vc, como a mim, ao Bernardo e à maioria de nossos amigos).
Não acho que isso levará a "lei seca", mas sim estou certo de que nos levará a testar nossa paciência (que as vezes, é bem pequena) e a deixar um estoque maior de cigarros em casa...hehehehe.

Grande abraço,
Rodrigo

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