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Desde o primeiro segundo da
extravaganza que se percebeu que se estava perante algo de diabólico.
Beyoncé,
criatura abençoada por uma mestiçagem sagrada
, canta,
flirta, dança, seduz, chora, ri, provoca.
Texa's finest. O público delira, exulta. Coliseu de Roma. O espectáculo continua com uma perfeição absolutamente fascista que só a
pop parece capaz de atingir.
God bless America. Falo com os meus botões: "isto vai mudar a minha vida... eu vou sair daqui um homem diferente!". Os botões respondem imediatamente: "Calma jogador!". B., filha pródiga da
pop, continua o festival.
k. segreda-me que a bailarina da esquerda, a loira, é esplendorosa. Afirmação criminosamente irresponsável e descabida. Insulto-o e ameaço-o com porrada. Só uma coisa interessa naquele momento: ela. E com ela estão lá outros. Estão lá todos: Tina, Diana, Prince
Rogers Nelson,
Chaka Khan,
Whitney,
Pam Grier, Madonna, Michael, ..., ... , ... . Para as mudanças de trapinhos da
Vénus uma banda 100% feminina entretém os comuns mortais. Chutam de
Talib Kweli, a solos de bateria (que eram 3), até um aspirante a solo de
sax por cima da linha de baixo de "A
Love Supreme" de
sua Santidade. O rolo compressor continua implacável.
To the left, to the left. E porque é que os meus outros
guilty pleasures não são todos assim?
To the left, to the left. Mais um trapinho novo e exclamo pela nona vez "Deus do céu!". A cortina desce e um dos maiores acontecimentos da história deste país termina. Mais um "Deus do céu!". A hora é de regresso à Terra.
To the left, to the left.