segunda-feira, maio 14, 2007

Tati, o Implacável

Num sentido irresistivelmente preverso, a crueldade acaba por ser uma das grandes qualidades de "Mon Oncle" de Jacques Tati. A forma como, passado quase 50 anos, nos esfrega na cara - a nós, autómatos ocidentais sem alma - a patetice em que nos deixámos transformar é demolidora. De uma crueldade imperial. E é precisamente 120 minutos como os que andam a passar no Nimas que nos conseguem humanizar temporariamente. Nem que seja durante apenas 120 minutos.

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