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Há vezes que a escolha se revela uma grande caca. Há outras, em que a obra que nos ficou reservada é uma absoluta revelação. Felizmente foi o que me calhou ontem no DocLisboa 2005*. Numa semana frenética, no único dia que podia ir ao festival, saquei da cartola esta pequena maravilha do documentário moderno.
Realizado pelo brilhantíssimo Ross McElwee, autor que só agora tive a honra de descobrir (e que honra!), este "Sherman's March" é pura inspiração. Junte-se um jovem documentarista em acentuada crise de identidade, medos e fobias de ameaça nuclear, uma vida amorosa frustrada e allenesca, a cruzada arrasadora de Sherman pelos estados do sul americano, a família típica do dirty south e Burt Reynolds e temos um dos exemplos mais fantásticos que tive a oportunidade de conhecer no campo do cinema documental. Enfim, uma noite em que a rifa que saiu valeu, e muito, a pena.
*Recomendação à organização: quando se exibe um filme de 155 minutos, um intervalo não fazia mal nenhum. Nenhum!!!!.
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