segunda-feira, julho 11, 2005

O Rrrrrrrrei

Hoje em dia não tenho quaisquer dúvidas em dar o prémio de melhor R do país ao Francisco Louçã. Cada vez que o ouço discursar, debater ou declarar o que seja, dou por mim a fazer figas para que diga o maior número possível de palavras com R. E que R meu Deus!!! Bem soletrrrrado, carrrrrrregado e virrrrril. Um verdadeiro R de homem.

Na última semana, durante o debate parlamentar sobre o orçamento rectificativo apresentado pelo ministro das Finanças, quase que me vinham as lágrimas aos olhos cada vez que o líder bloquista interpelava Campos e Cunha com expressões como «redução da carga tributária». Vejam bem quantos R's!!!!! Um verdadeiro banquete! Quase que dá pena que o Bloco de Esquerda tenha essa denominação. Devia chamar-se Grupo de Esquerda e assim ganhávamos mais um R.

Com o debate sobre o Estado da Nação (que by the way está na merda), realizado na mesma semana, o prazer continuou. Era ouvi-lo a dizer palavras como privatizações, estratégia, orgão regulador, recursos, convergência, política errada (das minhas preferidas), arrogância (uma favorita do próprio), etc, etc, etc. Um autêntico festival. Fétiche dos fétiches seria mesmo ouvir o Francisco declamar a famosa frase «o rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia». Aí sim!!! Uma verdadeira overdose do R mais fantástico que anda por aí.

Eu próprio ando a tentar melhorar o meu, mas cada vez que ouço o do Francisco fico completamente desmotivado. Tentar chegar ao nível do R do Louçã é a mesma coisa que tentar andar de mota como o Valentino Rossi (imaginem o Francisco a dizer Rrrrrrrrrossi... fabuloso, não é?). E olhem que Il Doctore anda p'ra cacete!!!!! Basicamente, ter um R de referência como o dele é como ter o peso do mundo às costas. Como chegar lá??! No mínimo, é complicado.

Francisco (só não te chamo Xico porque não tem R), a única coisa que te queria dizer é a seguinte: não há R como o teu R. Assim sendo, nunca o percas. Nunca.

Sarrrrrrrrrrrrrrrava!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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