sábado, abril 30, 2005

Euro

A um mês do referendo sobre a constituição europeia em França o "não" leva uma avanço de 12 pontos percentuais.

Caso se confirme pode ser o princípio do fim do "sonho europeu", votar "não" para além de significar rejeitar a constituição, significa também a rejeição do alargamento e todas as poíticas de integração. Vindo de um país como a França, principal impulsionador do projecto europeu, não deixa de ser grave.

Não penso que se repita o episódio da CECA, mas também não ponho as mãos no fogo pela moeda "euro".

E porque não alguma polémica...

Tenho visto aqui, acolá e ali várias respostas a uma pergunta que circula na blogosfera:

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

(Fahrenheit 451 supõe-se ser os graus (222 graus centígrados) que os livros arderam no IIIReich.)
Só uma resposta fez todo o sentido:

Estão a tocar no leitor


Feist. Era dia 5 de Maio, passou para dia 9 de Maio. Parece que agora só dia 25 de Julho.

Antony and the Johnsons

Retalhos da vida

Há muitos muitos anos (antes da Teresa Zambuja)...

Oiça Sr. Dr. a ilha dos amores de Camões já está paga pela SIC. Agora, para ter a licença que quer tem de pagar X. E o Alexandre O'neill ainda não está pago.

Sic itur in urbem.

And Justice for all

9:00 - Primeira chamada
9:30 - Segunda chamada
9:45 - Com a devida vénia Dra. Juiz (porque são todas mulheres)
10:00 - O arguido preencheu um cheque bem sabendo que não tinha fundos para pagar.
11:00 - Condene-se o arguido em multa de 120 dias à razão de 5 € por dia mais o pedido de indemnização cível acrescido de juros vencidos e vincendos.

Passado 5 anos

Requer-se a passagem de certidão de incobrabilidade da dívida para efeitos de abatimento do IVA.

Nos tribunais é só vitórias morais.

Spike Lee Joint


She hate me

sexta-feira, abril 29, 2005

Sintomas

Grassa por aí a mentalidade da mudança, "as coisas têm de mudar", apregoa-se. "A continuar assim caminhamos lenta e inexoravelmente para o abismo", diz-se.

Hoje, se existisse algum top de palavras fora de moda, conservador era uma delas.

Ora tudo isto até podia ser verdade.... não fossem os exemplos diários.

Como punha, ontem, o presidente da associação dos bacalhoeiros a propósito da proibição de exibir o fiel amigo à porta do estabelecimento:

"Isto já se sabe. Sempre que é para mudar é para pior. Ainda por cima a clientela gosta de apalpar o animal".

Tal como a Associação dos bacalhoeiros pôs, também o presidente da Associação Nacional de Farmácia tinha posto a propósito da venda livre de medicamentos: "Desta vez tocou-nos a nós, é injusto, estamos a servir de bode expiatório."

Moral da história, anda tudo a imitar o Frei Tomás.

Spike Lee Joint

O último fime de Spike Lee, She hate me, é claramente uma obra menor em relação aos anteriores, sobretudo tendo como termo de comparação o 25th Hour.
Tal não justifica, no entanto, o desprezo olímpico que o circuito de distribuição português lhe deu.
Mais não seja pela cena em que John Turturro (um clássico nos filmes de Lee) "recita" Don Corleone a propósito das relações Afro-Italianas no mundo da droga e acaba a dizer:
"Mario wrote a lot more but Francis was afraid".

Retalhos

-Tem o novo número da Atlântico?

-Olhe não sei. Chegaram umas revistas com um nome esquisito mas não sei se é isso.

E não é que era.

15 minutos de fama

Anuncio aos meus colegas de blog e aos ilustríssimos visitantes da Cooperativa, que esta semana tivemos a nossa primeira citação/referência na imprensa escrita. Com efeito, na edição nº 18 do jornal "Mundo Universitário", o meu (e nosso) querido amigo Zé Diogo Quintela respondeu a uma determinada pergunta com a seguinte gentileza:

  • «MU: Dois ou três blogs que gostes particularmente?»
  • «ZDQ: Gosto muito do Bomba Inteligente, do Tradução Simultânea, do Homem a Dias, d’A Cooperativa e do Fora do Mundo. Habituei-me a visitá-los sempre. Há outros, onde vou muito de vez em quando.»

Vindo de quem vem dá um gozo especial.

quinta-feira, abril 28, 2005

IndieLisboa 2005

Ontem fui ver a longa metragem em competição "To Take a Wife", produção franco-israelita co-realizada/escrita pelos manos Shlomi & Ronit Elkabetz.

Filme autobiográfico dos irmãos, o drama desenvolve-se à volta do peso da ortodoxia religiosa na vida de um casal (no caso a religião judaica). Cenas da vida conjugal acossada pela rigidez e intransigência de uma determinada fé.

Gostei e votei 3 para o prémio de público (de 0 a 5). Se fosse possível teria votado 3,5.

Menções Honrosas:
  1. A deliciosa cena de entrada, verdadeiramente digna de um filme de John Cassavetes;
  2. Para além de co-realizar/escrever o filme, Ronit Elkabets tem uma notável interpretação como protagonista. A ter em atenção.

Política da terra

Creio que será difícil não concordar com a decisão de não apoiar a candidatura de Isaltino Morais e seu sobrinho à CM de Oeiras. Sucede que o argumento utilizado para justificar essa atitude não coincide com as razões pelas quais eu concordo com a decisão.
Ou seja, Isaltino não é candidato porque o PSD impôs como política a recondução dos actuais autarcas, para mim Isaltino não é candidato porque cheira a corrupção (por cada estátua no parque dos poetas o sobrinho de Isaltino comprava carro novo para a sua frota de taxis).
Isto significa, para grande pena minha, que pessoas como o Major Valentim Loureiro poderão ser de novo candidatas a Presidente de Câmara.

quarta-feira, abril 27, 2005

Descolagens pertinentes

Alguém terá dito que mais importante que Bento XVI se descolar da figura de João Paulo II, é Bento XVI se descolar da figura do Cardeal Ratzinger.

terça-feira, abril 26, 2005

O Bulldozer


Lewis Black

Bravo, Bravíssimo

O fenómeno do bravo é muito estranho.
Num concerto de música clássica quando o publico começa a aplaudir, levanta-se sempre um senhor que grita do fundo dos pulmões, bravo! Como quem diz para o publico que aplaude ao mesmo tempo: Vocês acham que o artista é bom mas eu acho um bocadinho mais, vocês acham que ele é um virtuoso mas eu sei que ele ainda é mais virtuoso do que vocês pensam.
Este tipo de comportamento, para além de desnecessário é desagradável. Recomendava estas pessoas a fazerem isto não nos concertos mas num jogo de futebol, onde aí ninguém os ouvia.

Vantagem nula

Qual a melhor maneira de se estar às três da tarde para se fazer um negócio?
- Estar sóbrio, com bom aspecto e a andar direito.
- Estar bêbado e a cambalear.
Eu penso que será a primeira mas não gosto de ténis por isso não sei.

* * * * *


"Document" dos R.E.M.

Romeiro, quem és tu?

Nos últimos 7/8 meses houve reuniões magnas de quatro partidos com assento parlamentar (faltou o B.E.) e houve eleições legislativas (por sinal antecipadas).

Houve muito para reflectir e curiosamente acabei por chegar a uma conclusão no dia 25 de Abril.

No cenário politico-partidário actual, o único rótulo que politicamente me pode definir de alguma maneira é o de republicano. Só.

Eleições populares*

- Lista "Saturday Night Live”
Votar em Telmo Correia e nos nomes que ele indicou. Apenas muda o homem dos discursos. Uma versão política dos The Doors com Ian Atsbury na voz.

- Lista “CTT”
Votar em Ribeiro e Castro e optar por métodos revolucionários de gestão e direcção partidária. Tudo feito a partir de correspondência (felizmente já há e-mails).

*Ganharam os CTT

O meu 25

O meu 25 de Abril foi de arrumação.
Tive que pôr um ponto final à promiscuidade que grassava nas estantes de cd's de minha casa.

Não mais o Leonard Cohen podia dormir descansado nos lençois da Billie Holliday;
Não mais a Grace Slick podia sussurar "somebody to love" ao Chris Martin;
Não mais a Nico podia viver em pecado com o Mike Patton;
Não mais a Laurie Andersson podia estar em concubinagem com o Bob Dylan;
e muito menos o David (Stardust) Bowie podia estar a formar tandém com o Lou (Transformer) Reed.

A minha casa é agora uma casa de respeito.

Post 25 de Abril

Será que daqui a 30 anos, quando Vasco Lourenço já não estiver entre nós, as celebrações do 25 de Abril vão ser iguais às do 5 de Outubro de hoje em dia?

segunda-feira, abril 25, 2005

IndieLisboa 2005


Thumbsucker

Primeira longa metragem do director Mike Mills que, apesar disso, não está a concurso por já estar assegurada a sua distribuição comercial em Portugal.

Conta com um elenco de luxo para uma primeira longa; Vince Vaughn, Benjamin Bratt, Keanu Reeves entre outros.

O rapaz da fotografia (Lou Pucci) interpreta um adolescente angustiado com o vício de chuchar no dedo.

O filme não aquece nem arrefece. É um típico filme americano sobre os problemas tipicamente americanos, o desejo de afirmação nos "debate clubs" de liceu, a entrada na universidade em New York, o college best football player que não chegou a pro porque se magoou no joelho e não mais recuperou, o culto da celebridade...

No geral, um filme condenado ao esquecimento.

sexta-feira, abril 22, 2005

O Melga

«Escolha de Marques Mendes contestada

A maioria dos vereadores do PSD da Câmara Municipal de Lisboa
está contra a escolha do independente Carmona Rodrigues como candidato social-democrata ao município lisboeta nas próximas eleições autárquicas...» in Público (22/04/2005)

Pedro Pinto dá a cara. Mas é outro Pedro que paira no ar. Bem vistas as coisas a novidade é pouca. Além de se saber que nunca resistiu a um bom golpe palaciano, ele avisou... ele bem disse que ia andar por aí.

Alergias

A TSF, assumindo as vestes de serviço público, aplica-nos à sexta-feira um programa de superior qualidade.

Assim, a seguir ao Fórum mulher e um pouco antes da Bancada Central (Olá Fernando Correia como tem passado), a TSF brinda-nos com o Boletim Polínico (e não clínico).

Naquele é possível saber, entre nariz irritado, espirros, olhos encarnados e a incontornável comichão, quais os sítios a evitar durante o fim-de-semana por excesso de pólen.

Esta semana, segundo dizem os especialistas, Ferreira do Alentejo é a evitar.

quinta-feira, abril 21, 2005

Dicionário

Ao ver o dicionário Houaiss (que nome ridículo para um dicionário português) chegar ao nono volume na letra G penso: ou o meu vocabulário é muito básico (provável), ou este António Houaiss anda a inventar palavras. Espero que seja a segunda.

P.S. Vamos lá a despachar isto.

Ruído

A diferença de ruído entre Sócrates e Santana é a mesma entre a lua e o barulho produzido pela claque do nacional. Não sei se isto é bom ou mau mas é um facto.

Uma bica e duas aspirinas se faz favor


Este governo tomou como medida de impacto (todos os fazem aquando da tomada de posse) liberalizar a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) fora da farmácia.

Tem o meu aplauso; todo o negócio em que a alta fonte do rendimento não encontra correspondência na qualificação técnica ou na geração de riqueza a terceiros parece-me profundamente ilógico e na maior parte dos casos profundamente injusto.

Pois em boa hora o governo decidiu e em boa hora o discute na A.R.

Cumpre apenas ver até onde o governo quer ir e até onde o deixam ir.

Aquando do anúncio da medida um estudo junto dos Directores Técnicos e Farmacêuticos indicava que 93% dos inquiridos não concordavam com esta medida, sendo a principal razão o medo de intoxicação dos utentes (sem comentários). Esse mesmo estudo dizia no entanto que caso a venda de MNSRM fora das farmácias tivesse um apoio permanente de um técnico farmacêutico já 50% desses técnicos concordavam com a medida (sem comentários).

É por isso sem estranheza que vejo o projecto-lei a contemplar a presença obrigatória de técnicos de farmácia junto dos pontos de venda de MNSRM.

Considero que esta medida a pecar por alguma coisa, é por escassa. Para mim não só os MNSRM deviam ser vendidos fora das farmácias, como também os medicamentos sujeitos a receita médica o deviam.

Da mesma forma que nenhum técnico pode evitar que eu compre 50 caixas de um MNSRM e vá para casa enfrascar-me neles, nenhum técnico pode impedir que eu em vez de tomar um MSRM 2 vezes por dia tome 4.

O técnico de farmácia em tempos foi útil, quando pegava no seu almofariz e fazia os ditos medicamentos.

Hoje, basta saber ler receitas médicas e escrever em exíguos espaços de cartão. Convenhamos que, em boa verdade, para saber fazer isso não é preciso ser farmacêutico.

O melhor fumador da história dos fumadores


Humphrey Bogart

Orientem-se

Para não haver azares, já fui comprar uns bilhetes para a 2ª edição do Indie Lisboa.

Escolhas? Uma foi segura e confiante. Outra foi confiada à sorte e ao destino.

A primeira (aproveitando uma sentida recomendação do Eduardo) é a sessão especial(íssima) do "The Big Red One - The Reconstruction" do Samuel Fuller. A segunda, seguindo o meu instinto, é o filme israelita "To Take a Wife" de Shlomi e Ronit Elkabetz, que está em competição na categoria de longas metragens (a ver vamos).

quarta-feira, abril 20, 2005

Natural Born Winner


Evil Mourinho

Pude constatar que, em Londres, cada frase com football tem agregado o nome Djozé Murinho.

Cá se fazem lá se pagam.

Bargains


White light/White heat Velvet Underground a £4 na Rough Trade Posted by Hello

Obrigado

Obrigado ao Rodrigo pelas palavras de incentivo a estes humildes cooperantes.

Da minha parte espero que O'Acidental versão paper back seja um sucesso.

Difamação


Nocturnes by Whistler Posted by Hello


Este quadro, pintado em princípios do sec. XX, apesar da sua aparente neutralidade, esteve rodeado de polémica.

John Ruskin - também ele pintor - escreveu (e não mais retirou) que este quadro era o equivalente a "um balde de tinta preta atirado à cara do público".

JM Wistler não se ficou e deu início a um dos casos judiciais mais mediáticos de difamação que o mundo conheceu.

Em tribunal desfilaram as mais consagradas personalidades da altura.

O que se discutia já não era as palavras indecorosas, mas sim o que era a arte.

Ruskin não viveu o suficiente para ver o que a arte evoluiu pois morreu de insanidade, Whistler morreu na miséria com os honorários que pagou.

P.S. - Ganhou o Whistler mas sem direito a indemização.

terça-feira, abril 19, 2005

O papão

É impressão minha ou a reacção ao anuncio do novo Papa (pelo menos entre os fiéis portugueses) foi... tremer?

NY pré-Giuliani


"New York" de Lou Reed

Ao ver este cabelo lembro-me de mim à um ano. Origado Mário por me fazeres ver o erro.
P.S. - Se alguém tiver informações sobre este senhor por favor avise a cooperativa.

Maratona II

Maratona II

Enquanto os quenianos disputam as medalhas e a o prémio que lhes dá uma pensão vitalícia, existe outra competição paralela, a do exibicionismo.

Um homem (com idade para ter juízo) corria descalço, a jornalista com o olho clínico para o furo pergunta-lhe porque corria bare – footed?
A resposta não se fez esperar: para ser entrevistado.
And the circle is complete.

Maratona

A Maratona de Londres é um espectáculo memorável, são 35 mil pessoas a correr de entre 100 mil inscrições (enquanto por cá a do Carlos Lopes apenas pôs cerca de 250 almas de camisolas de alças e calções de licra).

Muitos dos participantes encaram a maratona como os portugueses encaram uma ida a pé a Fátima, ou seja vão pagar promessas pelo pai, pela mãe ou pelos filhos.

É vê-los a chegar completamente derreados à meta a ir directamente de charola para o hospital.

Reservas

Não é a primeira vez que me acontece, mas voltou a acontecer.

Marcar um restaurante em meu nome (Domingos Cruz -ler cruze -) e ouvir do outro lado "as in Tom Cruise?" Não as in Penélope Cruz.

P.S. - Obrigado Torgal. Felizmente a idade ainda não pesa.

Museus II

Talvez por isso, quando o José Maria Aznar veio a Portugal, o António Guterres em vez de levar o Primeiro-Ministro espanhol a um museu, levou-o ao gabinete do José Sócrates para lhe mostrar o candeeiro último-grito-da-moda-acabado-de-chegar-de-Paris que o então Ministro do Ambiente havia encomendado.

Museus

A noção não é nova, mas ganhou outra convicção.

Os museus estão para Portugal como jogar à malha está para a Inglaterra.

É inacreditável o movimento de pessoas nos museus em Londres. Miúdos, bébés, inválidos, velhos… todos, e em grande maioria londrinos (ou pelo menos ingleses).

Vil Metal

Chego a Lisboa, abro o jornal e vejo que um árbitro quer processar o Estado por violação do segredo de justiça e doar o dinheiro da indemnização aos pobres. Parece que as escutas telefónicas – onde se soube que o ilustre juiz de partidas de futebol gostava de mulheres e não necessariamente da mesma – foram publicadas nos jornais.

Eu não discuto a questão jurídica que, apesar de engraçada, está condenada ao fracasso.

Discuto sim o argumento de dar o dinheiro aos pobres. É de uma pobreza de espírito e de uma carestia de pensamento sem precedentes. Por um lado porque pensa com isto encontrar maior piedade de quem o ouve, por outro porque atesta uma verdade absoluta sobre os portugueses; não sabem conviver com o dinheiro.

Seria preferível dizer: Eu posso perder a minha dignidade, a minha profissão e a minha mulher, mas ao menos não as perco de bolsos vazios.

segunda-feira, abril 18, 2005

Para o Domingos

"Age is an issue of mind over matter. If you don't mind, it doesn't matter."

Mark Twain

Parabéns meu caro.

Limite de mandatos

Eu estava de acordo com a limitação de números de mandatos e mais fiquei depois das declarações do Sr. Jardim, mas depois de ler o artigo de António Barreto no Publico de domingo, deixei de ter certezas sobre este assunto. Estou confuso.

sexta-feira, abril 15, 2005

Acabou-se a mama

Lembro-me que aquando do referendo sobre a regionalização em 1998 votei contra. Votei contra a regionalização e votei contra a minha vontade.

Sempre fui (e serei) a favor de uma real descentralização e desconcentração dos poderes da admistração central. Acho que os poderes local e regional, concebidos em formatos mais ambiciosos, podem encerrar em si mesmos muitas mais potencialidades e utilidades do que aquelas que se encontram nos moldes actuais. No entanto, sempre recusei a ideia de dotar as mesmas com mais poderes, enquanto uma determinada cambada política ainda estivesse no comando das operações. Acho mesmo que um dos grandes obstáculos para a evolução política do país tem sido o tal dirigismo local/regional. Dirigismo este, nas mãos daquele tipo de político que se agarra ao poder como se fosse seu, abrindo o caminho para as mafias locais, a política do compadrio e a promoção de uma pessoalização do poder que só lembra a América Latina.

Foi por isso que votei contra a regionalização e contra a minha vontade. A meu ver, era um projecto que traria muitíssimas vantagens para Portugal e comprovaria a plena maturidade da democracia portuguesa. O problema é que essa maturidade ainda não era, nem é real. O problema é que as novas competências, os novos poderes, as novas habilitações cairíam nas mãos da tal cambada. Por isso votei contra. Óbvio que haverá excepções. Se assim não fosse, estaríamos perdidos. Mas apesar disso, parece-me evidente que a imagem de marca dos poderes local e regional deste país é precisamente a do dirigente versão coronel da Tapitanga. Temos os Mários Almeidas, os Fernandos Ruas, os Avelinos F. Torres, os Albertos J. Jardins, os Mesquitas Machados... uma verdadeira Al Qaeda dentro do dirigismo partidário português, que dura desde o dia 26 de Abril de 1974.

Não me interessa, nem distingo partidos ou coligações. Estamos a falar de pessoas. É a este tipo de pessoas que está entregue o poder local/regional. É a este tipo de pessoas que se têm de apontar baterias. Daí eu ser completamente a favor de uma lei de limitação de mandatos, mesmo que esta seja particularmente direccionada para o poder local e regional. Como dizia hoje na TSF a Clara Ferreira Alves, no "Mel com fel", ala que se faz tarde!

Não é um diploma isento de discussão. Longe disso. Penso no entanto, que as vantagens e méritos da proposta ultrapassam, e muito, as suas desvantagens. Pelo menos uma coisa é certa! Aquele argumento, de que deste modo está-se a limitar o direito de escolha do eleitor, não vinga. É mais que óbvio que, uma vez no poder 1, 2, 3 mandatos e por aí fora, a manipulação da máquina local e partidária torna inevitável, fácil e irresistível a eternização de um Lucky Luciano no poder.

Que podia ir mais longe, podia. Aí está uma acusação justa para esta proposta do governo. Mas que é um bom ponto de partida, é. Pelo menos para a próxima, eu talvez possa votar de acordo com a minha vontade.

Um outro Papa... em Lisboa e Porto

Depois de anos sem sequer cheirar a possibilidade de assitir a uma sessão do senhor, em 2003, a fartura foi muita.

Em Sampa duas vezes. Uma no Hotel Unique. A outra no saudoso Clube Urbano, onde passei todas as minhas noites de segunda-feira durante um ano. No Rio (com companhia mais que especial), o deleite foi disfrutado nuns armazéns algures na cidade... algures.

Agora já ninguém tem desculpa.

Afrika Bambaataa no Lux, Lisboa, dia 28 de Abril, e na Casa da Música, Porto, dia 29.
Não sei se vou. Mas gostava.

quinta-feira, abril 14, 2005

Cambalhotas no final

Dos filmes com finais surpreendentes prefiro aqueles em que o realizador não está o filme todo a tentar levar o espectador para um dos possíveis fins. Eu explico: ontem estava a ver o Nine Queens de Fabian Bielinsky (muito bom por sinal) e tal como no The Game do David Fincher, está constantemente a tentar levar-nos a adivinhar um fim. Eu não gosto disso, prefiro ser surpreendido com o desfecho como acontece no The Sixth Sense de M. Night Shyamalan ou no Ocean’s Eleven de Steven Soderbergh. Dá menos trabalho a quem vê e isso é bom.

Opinião Vs. Openião

Eu sei que se deve dizer opinião mas prefiro dizer openião, enervam-me pessoas que dizem opinião.

Felicidade

É minha opinião sobre a vida que todos os seres procuram a felicidade.

E por isso, nestes tempos de pouco tempo, cá vai uma receita rápida para chegar à felicidade:


Peixinhos da Horta

0,5 kg. de feijão verde; farinha; leite; sal.

Depois de lhes retirar as extremidades e o fios, coza o feijão verde em água temperada com sal.

Assim que estiver cozido, escorra-o e passe-o pelo polme de farinha com leite, levando a fritar unidos 3 a 3.


Para desenjoar partilhe-se um birinaite com os amigos.

Felicidade garantida.

segunda-feira, abril 11, 2005

Girl Power

"Dedicated to all the women and men struggling to keep their self-respect in this climate of misogyny, money-worship, and mass production of hip-hop's illegitimate child «Hip-pop», and especially to Gil Scott-Heron, friend, living legend and proto-rapper, who wrote
«The Revolution Will Not Be Televised»

Much respect.

Your revolution will not happen between these thighs,
your revolution will not happen between these thighs

The real revolution ain't about booty size,
the Versaces you buys or the Lexus you drives
and though we've lost Biggie Smalls
your Notorious revolution will never allow you to lace no lyrical douche in my bush

your revolution will not be you killing me softly with Fugees
your revolution won't knock me up without no ring
and produce li'l future MCs
because that revolution will not happen between these thighs

your revolution will not find me in the backseat of Jeep
with LL hard as hell doin' it & doin it & doin' it well
your revolution will not be you smackin' it up, flippin' it, or rubbin' it down
nor will it take you downtown or humpin' around
because that revolution will not happen between these thighs

your revolution will not have me singing ain't no nigger like the one I got
your revolution will no be you sending me for no drip drip VD shot
your revolution will not involve me feeling your rise or helping you fantasize
because that revolution will not happen between these thighs

and no, my Jamaican brother, you revolution
will not make me feel bombastic and really fantastic
have you groping in the dark for that rubber wrapped in plastic
you will not be touching your lips to my triple dip of french vanilla butter pecan chocolate deluxe or having Akinyele's dream, a six-foot blowjob machine you wanna subjugate your queen
think I should put that in my mouth just 'cause you made a few bucks

your revolution will not be me tossing my weave
making believe i'm some caviar-eating, ghetto mafia clown or me givin' up my behind
just so I can get signed 'and maybe have someone else write my rhymes?

I'm Sarah Jones, not Foxy Brown

your revolution makes me wonder,
where could we go if we could drop the empty pursuit of props
and the ego revolt back to our Roots, use a little Common sense on a Quest to make love De La Soul, no pretense...
but your revolution will not be you flexing your little sex and status to express what you feel

Your revolution will not happen between these thighs
Will not happen between these thighs
Will not be you shaking and me *yawn* faking
Between these thighs

Because the real revolution, that's right
I said the real revolution
You know I'm talking about the revolution
When it comes, it's gonna be real
it's gonna be real
it's gonna be real
when it finally comes
when it finally comes
it's gonna be real, yeah yeah"

"Your Revolution" de Sarah Jones

(Dedicado à Tipper Gore)

Opinião suspeitíssima

Acabei de ler, na semana passada, o "Chronicles: volume one" do Bob Dylan. Um exemplo acabado do que deveria ser toda e qualquer autobiografia. Note-se que para um, enfrentar os seus fantasmas não é nada fácil... e o senhor não tem poucos.

Que venha o segundo volume. Já!!

domingo, abril 10, 2005

Dêem lá um brinquedo ao míudo

«João Soares vai correr para Sintra. João Soares deverá ser o candidato do PS à Câmara de Sintra. O convite foi feito por Jorge Coelho e visa recuperar a terceira maior Câmara do país para os socialistas, estando Soares a ser fortemente pressionado para aceitar. "Depois de ganhar Lisboa e Porto, eleger João Soares em Sintra passará a ser o terceiro grande objectivo do PS nas próximas autárquicas", afirmou ao EXPRESSO um dos responsáveis pelo processo, garantindo que as sondagens encomendadas pela direcção do partido não podiam ser mais animadoras.»

É a política no seu estado mais puro, mas também a revelar o seu perfil mais desconexo. A lógica do poder, pelo poder. Parece uma prova desportiva.

Com o timoneiro autárquico socialista, Jorge Coelho, a comandar o plantel, os socialistas pensam agora candidatar o filho do Mário para Sintra. Se as sondagens dizem que tem fortes hipóteses de vencer, obviamente que se avança.

O petiz não serviu para Lisboa, mas serve agora para Sintra. Evidente!!

sábado, abril 09, 2005

Compras a vulso

Sábado. Dia do semanário Expresso. Já várias vezes me apeteceu perguntar ao jornaleiro se podia levar só os cadernos e suplementos que me interessam e assim pagar menos.

A ver se hoje ganho coragem.

O dom

Tenho um amigo que é a melhor pessoa a escolher as filas.
Pode estar num supermercado, numa portagem, onde ele quiser. Não interessa, escolhe sempre o melhor caminho.
Um exemplo: uma fila com vinte pessoas outra com duas - Qual é que escolhiam?! Obviamente a segunda. Ele escolhe a primeira e é surpreedentemente a mais rápida. Um dom!!
Obrigado Amado por seres quem és.

Vamos ao teatro

Levanta-se o pano, entram os actores.
Em ultima exibição num teatro de Pombal, com Pedro Lopes no papel principal.
“O enterro de Santana”
Bilhetes à venda na ABEP, Fnac e nas bilheteiras de Alvalade.

O Cavalo de Troia

Com o correr dos dias prepararam a transmissão da cerimónia. Tudo ao promenor. Explicaram-se símbolos e liturgias. Dissecou-se a eucaristia e a participação dos seus intervenientes. Descreveu-se o percurso da urna minuciosamente. Enumeraram-se figuras de estado e dignatários presentes. Contaram-se peregrinos. Tudo. Tudo a pente fino.

Fiquei com uma dúvida...

Será que a Sinead O´Connor foi ao funeral do Santo Padre?

sexta-feira, abril 08, 2005

Poliglota

Durante a minha estadia no Brasil, foi sempre um episódio recorrente. Subitamente, alguém percebia que eu não era local:

- De onde voçê é cara?!
- Eu? Eu sou de Lisboa.

O diálogo desenvolvia-se.

- De Portugal!!!?
- É verdade...
- Nossa!!!! Como voçê fala bem português!!

Retalhos

"Esta questão jurídica é fálica"
Desculpe, importa-se de repetir?

Dá-me o seu autógrafo? II


Helen Bonham - Carter Posted by Hello

A- É casada com o Tim Burton.
B- Não há nenhum filme dela que não tenha gostado.
C- É Inglesa.
D- Consegue fazer de um macaco uma coisa bonita.

Desabafo apolítico

Porque é que a democracia me irrita.

Porque é desesperante.
Ontem os hospitais eram S.A., hoje são empresas públicas.
Ontem os manuais de escola eram reutilizáveis, hoje já não.
Não julgo o conteúdo, julgo a forma.
Todos os fazem e todos deseperam.

Recomendo. Vivamente. Posted by Hello

Citação

Confesso.
Confesso que fico esmagado quando vejo alguém a citar.
Para mim é das coisas mais difíceis de fazer.
Quando estou a ler, a ver, a ouvir - o que quer que seja - a última coisa que me passa pela cabeça é decorar ou lembrar aquelas exactas palavras. Aliás, recorrentemente, quando estou a ler, perco-me, tenho de voltar atrás uma quantidade de linhas para ver quem é a personagem que para mim acabou de chegar mas já existe há dezenas de páginas.

E por isso fico esmagado quando alguém cita. Sinto-me na obrigação de responder na mesma moeda e só me lembro do veni, vidi, vinci.

quarta-feira, abril 06, 2005

"When the going gets weird, the weird go pro"

«DENVER, Colorado - Hunter S. Thompson's ashes will be blasted from a cannon mounted inside a 53-foot-high (16.15 meter-high) sculpture of the journalist's "gonzo fist" emblem, his wife said Tuesday.

The cannon shot, planned sometime in August on the grounds of his Aspen-area home, will fulfill the writer's long-cherished wish. "It's expensive, but worth every penny," Anita Thompson said. "I'd like to have several explosions. He loved explosions". Thompson, 67, shot himself in the head on February 20 after a long and flamboyant career that produced such new journalism classics as "Fear and Loathing in Las Vegas" and cast his image as a hard-charging, drug-crazed daredevil. The cannon shot will be part of a larger public celebration of Thompson's life (…) She said the gonzo fist will be mounted on a 100-foot pillar, making the monument 153 feet (46.63 meters) high. It will resemble Thompson's personal symbol, a fist on an upthrust forearm, sometimes with "Gonzo" emblazoned across it. Anita Thompson has said the monument will be a permanent fixture on the writer's 100-acre property. She said planning for the fist has been guided by a video of Thompson and longtime illustrator-collaborator Ralph Steadman, recorded in the late 1970s when they visited a Hollywood funeral home and began mapping out the cannon scheme.» in www.cnn.com (05/04/2005)

O homem, cumprindo o seu lema de vida que dá título a este post, nunca fez as coisas por menos. Chamem-lhe bêbado, drogado, arruaceiro, amante de armas, louco, dissimulado... o que se quiser. Uma coisa é certa. Para além de um talento literário único, era um genuíno rebelde dentro de uma América que nunca teve a capacidade necessária para lidar com os seus desalinhados.

Como refere a sua recente víuva: "He loved explosions"... a senhora não podia estar mais certa!

Vergonha Alheia

É um sentimento difícil de exprimir por palavras, são aqueles arrepios quando se vê alguém fazer em publico figuras muito ridículas. Tudo começou para mim na chuva de estrelas com aqueles pseudo artistas a esforçarem-se imenso por atingir uma nota que nunca conseguiam. Com o sucesso do formato criou-se um enorme mundo de pessoas a humilhar-se por um possível lugar de fama, multiplicando o número de vezes que eu era confrontado com este sentimento. Quando tudo tinha acalmado voltaram à carga com os Ídolos.
Este sentimento é estranho porque não é pena, eu não tenho pena daquelas pessoas. Tenho vergonha, mas porquê? Não sou eu que estou lá.
Isto é muito esquisito.

Há 10 anos...


"Corte de Cabelo" de Joaquim Sapinho

terça-feira, abril 05, 2005

Merda!!

O quotidiano é assim mesmo. É quotidiano. É diário. Estabelece-se no dia-a-dia. Quero falar do quotidiano. Do meu quotidiano. Quero falar daqueles pequenos momentos do meu dia, muitas vezes apenas fracções de segundo ou ínfimos detalhes, que me tiram do sério. Situações que por mais ridiculamente insignificantes que sejam, me deixam à beira de uma ataque de nervos. Óbvio que estou a falar de verdadeiras frivolidades que não têm, ou pelo menos não deveriam ter, qualquer importância no desenrolar da minha jornada diária. Mas o certo é que, mormente no momento em que acontecem, esses pequenos pormenores (bela redundância!) deixam-me completamente descompensado a nível nervoso. Temporariamente insano. Até parece que se me turva a visão. Por instantes o bom senso vai pelo ar. São episódios que certamente passados 5/10 minutos já nem me lembro que se sucederam. Mas que eles acontecem… acontecem. Fazem parte do quotidiano. Do meu quotidiano.

Feita a explicação, passo a inventariar uma lista de coisas que não têm importância absolutamente nenhuma na minha rotina diária, mas que de facto me irritam até dizer mais não:

· Estar parado no trânsito na faixa consideravelmente mais lenta;
· Estar parado no trânsito, mudar de faixa e verificar que a nova faixa está mais lenta do que aquela de onde eu vinha;
· Rebentar, sem querer, a gema do meu ovo estrelado antes do tempo (para mim deve ser sempre a última coisa a comer);
· Chegar ao quiosque dos jornais para comprar o Record e só haver o Jogo;
· Pedir na pastelaria uma sandwich ou um croissaint com queijo para embrulhar e, mais tarde quando for comer, reparar que não fizeram um corte ao meio;
· Andar calçado na praia e sentir a areia que começa a entrar dentro dos ténis;
· Estar a ver um jogo de futebol menos entusiasmante e sem golos, fazer um zapping e perder o golaço que entretanto marcaram;
· Dirigir-me a um/a empregado/a de mesa com o clássico “olhe se faz favor… queria…”, e ele/a responder-me com a piadinha “queria?!... mas já não quer?”;
· Abrir um cd novinho em folha e reparar que as patilhas do fixador no meio da caixa estão partidas;
· Enviar um mail e depois perceber que me esqueci de fazer o attachment;
· Estar a ouvir na rádio uma música que adoro e de repente cortarem-na para entrar publicidade ou as notícias;
· O léxico usado pelos polícias em Portugal;
· O Richard Gere e o Russel Crowe;
· Escolher uma bomba de combustível que parece não funcionar por estar em módulo de pré-pagamento;
· Ouvir o Miguel Sousa Tavares a falar de futebol;
· Os franceses;
· Os taxistas de todo o planeta Terra;
· Os discursos das vitórias consecutivas do P.C.P. em todas as noites de eleições desde o pós-25 de Abril;
· Os filmes do Ron Howard;
· Entrar numa rua com 3761 lugares vagos para o carro e ter um junkie petulante a indicar-me um em particular (e no fim ainda me pede uns trocos);
· Contas de dividir.

Dividir a sociedade

Existe quem divida a sociedade em operários e donos do capital, eu divido-a entre quem gosta dos desenhos animados Warner Bros. e Disney. Os primeiros são inteligentes, divertidos e com um grande sentido crítico, os segundos são foleiros e lamechas. Basta lembrarmo-nos das figuras mais relevantes Bugs Bunny (cruel, sem escrúpulos) e Mickey (todo certinho, muito justo) para percebermos esta diferença.

sexta-feira, abril 01, 2005

Já que falam nisso...


"Easy Riders, Raging Bulls: How the Sex 'N' Drugs 'N' Rock 'n' Roll Generation Saved Hollywood" de Peter Biskind

Para quem gostou do tema de capa da edição do Y desta semana, rogo que leiam o livro que é várias vezes citado no referido texto. Tive a oportunidade de o devorar à 4 anos e ainda hoje tenho pena de o ter acabado. Bom proveito.

Keane

Não adoro a música dos Keane nem acho que são um prodígio musical mas são, no mínimo, agradáveis de ouvir. Fazem uma música simples, harmoniosa e consensual. Não têm pretensões de ser muito elaborados nem de criar novos estilos musicais. São o exemplo que a música comercial não tem de ser porcaria para as pessoas gostarem. Ao contrário de outros artistas não têm a pose de quem está a mudar o mundo. Por isto gosto de ouvir Keane.

Stargate ou reforma antecipada

Ao fazer zapping no outro dia reparei na série stargate na Sic radical, fiquei surpreso ao ver juntos dois dos meus heróis de infância, Macgyver e Parker Lewis.
É estranho ver dois artistas que não há muito tempo eram estrelas nas suas séries de sucesso, aparecerem na televisão velhos e cansados, faz-me sentir mais velho.
Sei que depois dos sucessos que tiveram é complicado manter o nível mas não deixa de parecer que têm de juntar mais uns dólares para se poderem reformar num condomínio sénior na Florida.

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