E aquele cabelo... meu Deus, aquele cabelo...
As cooperativas são pessoas colectivas autónomas, de livre constituição, de capital e composição variáveis, que, através da cooperação e entreajuda dos seus membros, com obediência aos princípios cooperativos, visam, sem fins lucrativos, a satisfação das necessidades e aspirações económicas, sociais ou culturais daqueles. [acooperativa@hotmail.com]
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Sentimento de pertença
Agora que de um modo auto-altruísta (vulgo egoísta) presenteei à minha pessoa 32 polegadas de cristais líquidos tudo ficou mais claro e evidente. Agora sim, compreendo como e porquê toda a sociedade ocidental se entregou sem cerimónias a um sedentarismo militante. Assim também eu.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Férias de Inverno - notas #6
Só viaja sozinho quem quer. Não passa de uma opção pura e dura. Eu fiz a minha e não me posso queixar. Antes pelo contrário.
Foram-me apresentados por Norman Mailer e desde o início que Croft, Hearn, Martinez, Cummings, Brown, Gallagher, Rhidges, Roth, Goldstein, Red, Wilson, Dalleson, Mantelli, Cohn e muitos mais fizeram o favor de me fazer companhia nestes últimos dias.
Fosse na praia, na selva, nos bunkers, nos barcos, nas camaratas, ao sol, à chuva, ao frio. Nunca me falharam. Gente rija e rude, mas também gente brava com muita coisa para contar.
Foram-me apresentados por Norman Mailer e desde o início que Croft, Hearn, Martinez, Cummings, Brown, Gallagher, Rhidges, Roth, Goldstein, Red, Wilson, Dalleson, Mantelli, Cohn e muitos mais fizeram o favor de me fazer companhia nestes últimos dias.
Fosse na praia, na selva, nos bunkers, nos barcos, nas camaratas, ao sol, à chuva, ao frio. Nunca me falharam. Gente rija e rude, mas também gente brava com muita coisa para contar.
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Férias de Inverno - notas #4
Continuo sem conseguir compreender essa coisa dos fish 'n' chips. Ultrapassa-me.
Férias de Inverno - notas #2
Férias de Inverno - notas #1
Tudo na vida tem que ter princípio, meio e fim. Este ano não foi excepção. Começou-se a semana com Yo La Tengo ao vivo, a meio uma passagem por Old Trafford, Manchester para ganhar carácter e termina-se com 2 horas sabáticas embalado ao som dos Lambchop.
Venha o dia-a-dia. Estou pronto.
Venha o dia-a-dia. Estou pronto.
Obituário
quarta-feira, dezembro 06, 2006
quinta-feira, novembro 30, 2006
Há sempre um se
Este é o nosso mundo nu e cru
Se Adão soubesse no que isto ia dar
Só teria fodido Eva no cu
Valete in "Serviço Público"
Se Adão soubesse no que isto ia dar
Só teria fodido Eva no cu
Valete in "Serviço Público"
quarta-feira, novembro 22, 2006
quinta-feira, novembro 16, 2006
Oprah Pop
Oprah é um fenómeno nos EUA. Esta mulher goza de um prestígio e de um poder difícil de igualar, e qual a sua principal ocupação? Um programa que existe desde 1986, parecido com o que Fátima Lopes fazia na SIC há uns anos. No entanto fá-lo de uma forma inigualável pois pode estar a falar com a Júlia Roberts ou com uma mulher sem braços que fala com a mesma sinceridade. Pode dissertar sobre o cancro da mama ou do seu problema crónico em engordar que a naturalidade é a mesma, pode ter a Madonna em exclusivo mundial a falar sobre a sua última adopção (como teve) ou ter um cão que nasceu sem as duas patas da frente e que aprendeu a andar como um canguru que fica igualmente emocionada.
Tanto dá um Pontiac a cada espectador (sobretudo espectadoras) do programa, como lhes paga as hipotecas ou, como fez recentemente, “convenceu” um banco a dar a cada espectador 1000 dólares para fazer uma boa acção a qualquer pessoa desde que não fosse seu familiar.
Tem um clube de leitura cuja poder e a extensão é tão grande que qualquer livro recomendado no programa entra directamente para a lista de bestsellers na semana seguinte.
Qualquer sondagem lhe dá imediatamente a vitória em qualquer cargo político no Estado de Illinois.
É tal o poder desta mulher que em uma semana é convidada a discursar no dia do holocausto perante as vítimas (a relação ultrapassa-me) e no dia seguinte está em Washington a colocar a primeira pedra no Martin Luther King memorial ao lado de dois presidentes dos EUA.
Em síntese, é uma mulher cheia de poder sem deixar de ser mulher, que inspira confiança, dá esperança e luta activamente por um mundo melhor.
O único revés? Parece que não foi convidada para o casamento do Tom Cruise na próxima semana (desde que saltou no sofá no programa a coisa ficou preta). Mas como dizem por cá ele vai arrepender-se de não a ter convidado.
(Para a Ana e a Rita, maiores fãs da Oprah que conheço)
Tanto dá um Pontiac a cada espectador (sobretudo espectadoras) do programa, como lhes paga as hipotecas ou, como fez recentemente, “convenceu” um banco a dar a cada espectador 1000 dólares para fazer uma boa acção a qualquer pessoa desde que não fosse seu familiar.
Tem um clube de leitura cuja poder e a extensão é tão grande que qualquer livro recomendado no programa entra directamente para a lista de bestsellers na semana seguinte.
Qualquer sondagem lhe dá imediatamente a vitória em qualquer cargo político no Estado de Illinois.
É tal o poder desta mulher que em uma semana é convidada a discursar no dia do holocausto perante as vítimas (a relação ultrapassa-me) e no dia seguinte está em Washington a colocar a primeira pedra no Martin Luther King memorial ao lado de dois presidentes dos EUA.
Em síntese, é uma mulher cheia de poder sem deixar de ser mulher, que inspira confiança, dá esperança e luta activamente por um mundo melhor.
O único revés? Parece que não foi convidada para o casamento do Tom Cruise na próxima semana (desde que saltou no sofá no programa a coisa ficou preta). Mas como dizem por cá ele vai arrepender-se de não a ter convidado.
(Para a Ana e a Rita, maiores fãs da Oprah que conheço)
quarta-feira, novembro 15, 2006
Made in USA
Ambiguidades
Andar na rua com o "The City and the Pillar" de Gore Vidal e a edição do dia do Record debaixo do braço.
sexta-feira, novembro 10, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Descodificação
António Pires de Lima sobre Ribeiro e Castro em crónica publicada na última edição do Expresso (04/11/2006): "um condutor político vocacionado para guiar em contramão...".
Trata-se de uma crítica disfarçada de elogio ou de um elogio disfarçado de crítica?
Trata-se de uma crítica disfarçada de elogio ou de um elogio disfarçado de crítica?
quarta-feira, novembro 08, 2006
Nem sequer a mediocridade é uma opção
Ao ouvir "I Am Not Afraid of You and I Will Beat Your Ass", último do trio de Hoboken que só pelo título vale a respectiva compra, fica-se novamente com a impressão que os Yo La Tengo não sabem fazer nada de realmente mau. Nem essa humildade parecem ter a preocupação de demonstrar. São como aqueles jogadores da bola que, mesmo se quisessem, não conseguiriam jogar mal. Uns chatos, mas uns chatos bons como à merda.
terça-feira, novembro 07, 2006
Uma campanha alegre
A democracia mais evoluída do mundo não é mais do que a democracia mais divertida no mundo. No estado em que tenho o prazer de viver actualmente (estado de Illinois) os personagens na corrida para governador são a senhora Judy Baar Topinka, com voz de quem fuma 3 maços de Galloise por dia e com um cabelo curto de uma cor ruiva altamente suspeita, que representa os republicanos, do outro lado do ringue mora um senhor chamado Rob Blagoevich (nome que por mais que tente não consigo situar no continente americano), com uma poupa de meter inveja ao Donald Trump, representante dos democratas.
A história conta-se numa penada;
No início o governador do Estado de Illinois era um septuagenário republicano de nome Ryan (nome que destoa com os demais envolvidos na história). Parece que este governador tinha muito amor ao cargo confundido as suas contas pessoais, com as do estado e as do partido. Em razão da sua idade tampoco soube explicar como tudo se tinha passado e porque nesta idade fazer contas é muito confuso, mas não é justificação para nada, foi bater com os costados na prisão sem direito a passar pela casa de partida.
Em razão disso os democratas “limparam” tranquilamente as eleições e o senhor Blagoevich foi eleito governador.
Chegamos à campanha para as actuais eleições. O senhor Blagoevich resolve atacar com um “negative ad.” com o título “What she’s thinking”, parece que a senhora Topinka era ministra do tesouro do senhor Ryan, e deveria ter vergonha de fazer parte de um bando de gatunos, convenientemente as imagens do anuncio são a senhora Topinka num comício dirigindo-se ao senhor Ryan nos seguintes termos; “ You are a damn decent guy governor, and I love you dearly.”
A senhora Topinka não se fica e faz o seu “negative ad.” de título “Had enough?” dizendo que o senhor Blagoevich é o político mais corrupto da história, que ao lado dele o senhor Ryan é um aprendiz de ofício, que o FBI está em cima do acontecimento e que aguardem por mais novidades.
A senhora Topinka parece ter algum jeito para a coisa porque dias depois o chefe de campanha do senhor Blegoevich, um tal senhor Retzko (também difícil de situar nos EUA, não é do sul com certeza), é preso pelo FBI por financiamentos ilegais.
O senhor Blagoevich vem a televisão dizer que não tem qualquer envolvimento na matéria e que desconhecia em absoluto as tropelias do senhor Retzko. Para suportar semelhante afirmação vem o senhor Obama (este definitivamente não o coloco nos EUA), Senador do grande estado de Ilinois, dizer que o senhor Blagoevich é de uma seriedade acima de qualquer suspeita (o senhor Obama parece que acabou de editar um livro que é um bestseller nos E.U.A. sendo inclusive falado como o futuro candidato dos democratas à presidência da Federação, logo a ajuda vinha mesmo a calhar).
Mas como o que parece nem sempre é, parece que a investigação do FBI revelou que o senhor Blagoevich tinha um invulgar hábito de contratar jovens trabalhadores e depois receber cheques chorudos dos progenitores desses trabalhadores (devia ser só para agradecer o novo trabalho dos filhos), mais parece que o senhor Obama vivia paredes meias com o Senhor Retzko (vivia, porque o senhor Retzko neste momento descansa nos calabouços do FBI) e que inclusive fizeram vários negócios juntos.
Como devem calcular a Senhora Topinka anda pelos arames e o Senhor Blagoevich anda com os nervos em franja, e as eleições são já amanhã.
A história conta-se numa penada;
No início o governador do Estado de Illinois era um septuagenário republicano de nome Ryan (nome que destoa com os demais envolvidos na história). Parece que este governador tinha muito amor ao cargo confundido as suas contas pessoais, com as do estado e as do partido. Em razão da sua idade tampoco soube explicar como tudo se tinha passado e porque nesta idade fazer contas é muito confuso, mas não é justificação para nada, foi bater com os costados na prisão sem direito a passar pela casa de partida.
Em razão disso os democratas “limparam” tranquilamente as eleições e o senhor Blagoevich foi eleito governador.
Chegamos à campanha para as actuais eleições. O senhor Blagoevich resolve atacar com um “negative ad.” com o título “What she’s thinking”, parece que a senhora Topinka era ministra do tesouro do senhor Ryan, e deveria ter vergonha de fazer parte de um bando de gatunos, convenientemente as imagens do anuncio são a senhora Topinka num comício dirigindo-se ao senhor Ryan nos seguintes termos; “ You are a damn decent guy governor, and I love you dearly.”
A senhora Topinka não se fica e faz o seu “negative ad.” de título “Had enough?” dizendo que o senhor Blagoevich é o político mais corrupto da história, que ao lado dele o senhor Ryan é um aprendiz de ofício, que o FBI está em cima do acontecimento e que aguardem por mais novidades.
A senhora Topinka parece ter algum jeito para a coisa porque dias depois o chefe de campanha do senhor Blegoevich, um tal senhor Retzko (também difícil de situar nos EUA, não é do sul com certeza), é preso pelo FBI por financiamentos ilegais.
O senhor Blagoevich vem a televisão dizer que não tem qualquer envolvimento na matéria e que desconhecia em absoluto as tropelias do senhor Retzko. Para suportar semelhante afirmação vem o senhor Obama (este definitivamente não o coloco nos EUA), Senador do grande estado de Ilinois, dizer que o senhor Blagoevich é de uma seriedade acima de qualquer suspeita (o senhor Obama parece que acabou de editar um livro que é um bestseller nos E.U.A. sendo inclusive falado como o futuro candidato dos democratas à presidência da Federação, logo a ajuda vinha mesmo a calhar).
Mas como o que parece nem sempre é, parece que a investigação do FBI revelou que o senhor Blagoevich tinha um invulgar hábito de contratar jovens trabalhadores e depois receber cheques chorudos dos progenitores desses trabalhadores (devia ser só para agradecer o novo trabalho dos filhos), mais parece que o senhor Obama vivia paredes meias com o Senhor Retzko (vivia, porque o senhor Retzko neste momento descansa nos calabouços do FBI) e que inclusive fizeram vários negócios juntos.
Como devem calcular a Senhora Topinka anda pelos arames e o Senhor Blagoevich anda com os nervos em franja, e as eleições são já amanhã.
terça-feira, outubro 31, 2006
Plano Nacional de Leitura
No seu quiz cultural diário José Carlos Malato, em amena cavaqueira com o concorrente da vez e a propósito da pergunta que se seguia na categoria de literatura, perguntava ao seu interlocutor se tinha algum escritor preferido... algum autor de que fosse leitor especial. O concorrente, para separar as águas devidamente, respondeu prontamente:
- Português ou estrangeiro?
Malato, entusiasmado e intrigado, retorquiu:
- Pode ser estrangeiro...
O concorrente, com uma segurança que seria injusto não destacar, responde de novo:
- Nenhum em especial...
- Português ou estrangeiro?
Malato, entusiasmado e intrigado, retorquiu:
- Pode ser estrangeiro...
O concorrente, com uma segurança que seria injusto não destacar, responde de novo:
- Nenhum em especial...
segunda-feira, outubro 30, 2006
quarta-feira, outubro 25, 2006
(Sem palavras)
Vitalina Canas, destacado jurista, justifica uma ilegalidade cometida pelo seu partido (o chuchalista) argumentando a dificuldade no cumprimento do respectivo preceito legal. Formei-me em Direito, sempre fui um aluno no mínimo sofrível mas nunca, jamais, me ocorreu pensar neste expediente. Absolutamente extraordinário. Ou melhor, revolucionário.
p.s.: a próxima vez que fôr apanhado em excesso de velocidade (será a 5ª vez)... vou experimentar a táctica.
p.s.: a próxima vez que fôr apanhado em excesso de velocidade (será a 5ª vez)... vou experimentar a táctica.
terça-feira, outubro 24, 2006
segunda-feira, outubro 23, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
terça-feira, outubro 17, 2006
Salvé Regina
Concerto de Regina Specktor, no extremo oposto de Beck, intimista (órgão e guitarra), em fundo preto.
A russa, lançada às feras pelos “Strokes”, tem uma legião de fãs nos EUA que eu não julgava possível, quase só e apenas “teenagers”.
A voz de Regina Specktor lembra-me alternadamente a Teresa Salgueiro nos registos altos e da Uta Lemper nos registos baixos.
Um concerto muito bom com uma companhia perfeita.
A russa, lançada às feras pelos “Strokes”, tem uma legião de fãs nos EUA que eu não julgava possível, quase só e apenas “teenagers”.
A voz de Regina Specktor lembra-me alternadamente a Teresa Salgueiro nos registos altos e da Uta Lemper nos registos baixos.
Um concerto muito bom com uma companhia perfeita.
Devil’s Haircut
Grande concerto de Beck, entra directamente para o top 3 dos meus melhores concertos de sempre (ao lado do inolvidável concerto dos “Faith no More” no Campo Pequeno). Um “set” marcado pelo novo disco, muito de “guero”, algum “odelay”, pouco “sea changes”, nenhum “midnight vultures”. Algumas versões de Beck com os “Flaming lips” e muita, muita música.
A produção do espectáculo é muito boa. Um espectáculo de marionetas recreando o Beck e cada um dos músicos, feito “in loco”, imitando na perfeição todos os movimentos dos verdadeiros. Nos projectores em vez de vermos os habituais movimentos da banda, apenas vemos as marionetas e olhamos para o palco e vemos exactamente o mesmo mas dos verdadeiros, até ao ponto que não sabemos quem canta e quem imita. Uma sessão de “jamming”, durante a parte acústica do concerto, com pratos, copos e talheres e o Beck vestido de urso gigante a lançar-se em voo para a bateria.
Um concerto perfeito com uma companhia perfeita.
sexta-feira, outubro 13, 2006
Infâmia
O Prémio Nobel da Paz deste ano foi (pelo que li e ouvi, muito bem) entregue a um banqueiro do Bangladesh e ao banco que fundou: a Muhammad Yunus e ao Grameen Bank respectivamente. Com um banqueiro e o seu banco a serem premiados com tamanha distinção até imagino Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa a trepar pela paredes. O topete daquela gente! O descaramento!
quarta-feira, outubro 11, 2006
Nada bate certo #2
Depois do aparecimento de uma facção castrista lá para os lados do Largo do Caldas, dou por mim a ver o Sérgio Godinho a representar as cores do Sporting C.P. numa mesa redonda sobre futebol. Estou confuso.
A solidão do Monge
quarta-feira, outubro 04, 2006
terça-feira, outubro 03, 2006
"O apanhador no centeio"
“Catcher in the Rye” de J.D Salinger é de culto, é subversivo.
Holden Caulfield, 16 anos, é capaz de ser das personagens mais fascinantes da literatura americana, tanto ou mais que o próprio autor, figura misteriosa que recusa ser entrevistado.
O que é curioso no personagem Holden Caulfield é que não representa nenhum estereótipo, não é revolucionário (o seu sonho é viver com uma mulher muda numa cabana em floresta deserta), não é corajoso (ele considera-se um “yellow”), não é um lutador, não é especialmente brilhante, enfim é um “regular Joe”.
No entanto é um personagem que suscita compaixão, e com quem, de alguma maneira, nos sentimos identificados. A sua maior preocupação é a falsidade, a incapacidade dos demais serem genuinamente verdadeiros, a representação, a actuação. Quer seja na forma de vestir, nas palavras usadas, no raciocínio utilizado, nos trejeitos, na forma de andar… Nunca somos verdadeiramente nós próprios. Como resultado Caulfield está sempre deprimido.
Na busca de alguém genuíno Caulfield consegue incompatibilizar-se com os todos os que o rodeiam, excepto com a sua irmã de 10 anos, Phoebe (Aos 10 anos ser genuíno não custa nada, é espontâneo).
Mas, na verdade, a pessoa menos genuína é o próprio. Caulfield sistematicamente suspira pelo passado, sendo certo que o passado fazia-o tanto ou mais deprimido que o presente. Ora, não existe maior falsidade que depender do passado para poder criticar o presente pois o tempo é bastante selectivo a apagar memórias.
Holden Caulfield, 16 anos, é capaz de ser das personagens mais fascinantes da literatura americana, tanto ou mais que o próprio autor, figura misteriosa que recusa ser entrevistado.
O que é curioso no personagem Holden Caulfield é que não representa nenhum estereótipo, não é revolucionário (o seu sonho é viver com uma mulher muda numa cabana em floresta deserta), não é corajoso (ele considera-se um “yellow”), não é um lutador, não é especialmente brilhante, enfim é um “regular Joe”.
No entanto é um personagem que suscita compaixão, e com quem, de alguma maneira, nos sentimos identificados. A sua maior preocupação é a falsidade, a incapacidade dos demais serem genuinamente verdadeiros, a representação, a actuação. Quer seja na forma de vestir, nas palavras usadas, no raciocínio utilizado, nos trejeitos, na forma de andar… Nunca somos verdadeiramente nós próprios. Como resultado Caulfield está sempre deprimido.
Na busca de alguém genuíno Caulfield consegue incompatibilizar-se com os todos os que o rodeiam, excepto com a sua irmã de 10 anos, Phoebe (Aos 10 anos ser genuíno não custa nada, é espontâneo).
Mas, na verdade, a pessoa menos genuína é o próprio. Caulfield sistematicamente suspira pelo passado, sendo certo que o passado fazia-o tanto ou mais deprimido que o presente. Ora, não existe maior falsidade que depender do passado para poder criticar o presente pois o tempo é bastante selectivo a apagar memórias.
segunda-feira, outubro 02, 2006
sábado, setembro 30, 2006
Season Premieres
A Fall premiere no que toca a programas de televisão é do mais esgotador que existe para o telespectador. Diariamente, durante 1 mês, estreiam 3 novas séries por canal e todas, mas todas sem excepção, entre a 7 e as 10 da noite.
E atenção que falo apenas dos canais fora do "cabo", CBS, NBC, ABC e FOX, e excluo os re-runs "Simpsons", "Friends" "Seinfeld" e "Frasier" para mencionar os clássicos.
Depois de muita ginástica consegui ver quase todos (ainda falta a premiere do" Lost" na próxima quarta), e posso informar que o campeão de audiências é o "Studio 60" com Matthew Perry, Amanda Peet e Bradley Whitford. Uma recriação do backstage do Saturday Night Live e de como é difícil a vida dos criativos, escritores, produtores e actores.
"Shark" é um "courtroom drama" com James Woods.
Há um que parece ser bastante bom, "Heroes", ordinary people with special powers, que tem críticas muito positivas.
A dar cartas estão as novas séries do Grey's Anatomy, House, The Office (versão americana) e Desperate Housewives.
Os velhinhos (reciclados) CSI e Law & Order são a chamada "carne para canhão".
Daily routine
Jantar uma tradicional "deep dish pizza" com 10 “primas” da queen Latifah na mesa ao lado pode tornar um jantar tranquilo numa cena eterna de um programa do Jerry Springer.
quinta-feira, setembro 28, 2006
O mundo é a nossa ostra
O planeta Terra e arredores pensava que a Cooperativa tinha já atingido o seu pico, que estava já em pleno período de glória... enfim, a desfrutar a sua Golden Age. Não. Isto ainda agora começou. Em nome dos restante membros do blog queria apenas desejar as boas-vindas à nossa mais recente aquisição. Um grande abraço para o FM e só não lhe desejo boa sorte,porque a sorte é toda nossa.
quarta-feira, setembro 27, 2006
Apontamento II
Durante o tempo que passei em Madrid as referências a Portugal eram mais ao menos recorrentes, nem que fosse uma “caixa” no El Pais ao sábado sobre a emigração ilegal, ou sobre o último relatório da OCDE, podiam ser más referências mas estavam lá. E de certa maneira era um certo conforto saber que a ditosa pátria lá estava, formosa e segura.
Nada me preparava, no entanto, para o choque que o Mid-West americano me reservava. Aqui o mundo assume formas diferentes, começa em Los Angeles desbrava o continente americano até chegar a Nova York e daí em salto mortal passa directamente para o Médio Oriente ignorando olimpicamente a Europa. Exagero dirão, e com razão. O ponto que queria fazer era a inexistência em termos absolutos de referências a Portugal – em países tão grandes custa ser tão pequeno .
Em qualquer praça, atrium ou outro sítio propício a bandeiras eu bem posso olhar em busca da esfera armilar, pois mais rapidamente encontro a bandeira de St. Kitts do que os 5 reis mouros da batalha de Ourique. De nada me serve falar com um brasileiro dizendo que o nosso país é “lindo e maravilhoso” quando, em contraste, me sento com um amigo chileno no autocarro e o condutor pergunta de onde somos, após a correcta indicação da proveniência, surge a exclamação “Ohhh so you guys are from South America!”, seguido de um cúmplice “habla español”.
Mas como em tudo, há momentos em que os pequenos se agigantam, ou não fosse a nossa parábola preferida o David e Golias. E sem mais, num só dia, em televisão nacional, duas referências a Portugal. A primeira no “Jeopardy” – concurso com mais anos de televisão – quando uma concorrente diz que vai aplicar o dinheiro que ganhar em aulas de português para aprender a cantar… o fado. Seguido de um episódio CSI onde o “cirque de soleil” para imitar uma tempestade de areia utiliza “portuguese cork”.
Podem não ser grande coisa, mas pelo menos “lava os olhos”.
Nada me preparava, no entanto, para o choque que o Mid-West americano me reservava. Aqui o mundo assume formas diferentes, começa em Los Angeles desbrava o continente americano até chegar a Nova York e daí em salto mortal passa directamente para o Médio Oriente ignorando olimpicamente a Europa. Exagero dirão, e com razão. O ponto que queria fazer era a inexistência em termos absolutos de referências a Portugal – em países tão grandes custa ser tão pequeno .
Em qualquer praça, atrium ou outro sítio propício a bandeiras eu bem posso olhar em busca da esfera armilar, pois mais rapidamente encontro a bandeira de St. Kitts do que os 5 reis mouros da batalha de Ourique. De nada me serve falar com um brasileiro dizendo que o nosso país é “lindo e maravilhoso” quando, em contraste, me sento com um amigo chileno no autocarro e o condutor pergunta de onde somos, após a correcta indicação da proveniência, surge a exclamação “Ohhh so you guys are from South America!”, seguido de um cúmplice “habla español”.
Mas como em tudo, há momentos em que os pequenos se agigantam, ou não fosse a nossa parábola preferida o David e Golias. E sem mais, num só dia, em televisão nacional, duas referências a Portugal. A primeira no “Jeopardy” – concurso com mais anos de televisão – quando uma concorrente diz que vai aplicar o dinheiro que ganhar em aulas de português para aprender a cantar… o fado. Seguido de um episódio CSI onde o “cirque de soleil” para imitar uma tempestade de areia utiliza “portuguese cork”.
Podem não ser grande coisa, mas pelo menos “lava os olhos”.
A militância continua
Uma vez que parece definitiva a absoluta necessidade de dividir o mundo entre «os que ainda estão com DJ Shadow» e «os que já não estão com DJ Shadow», a minha posição é muito simples: eu sou dos que ainda estão com "The Outsider". Sem qualquer tipo de comiseração.
quinta-feira, setembro 21, 2006
Apontamento
Visitar os Estados Unidos da América ou conhecer americanos é uma experiência radicalmente diferente daquela que é viver nos EUA. Após o período inicial de absoluto deslumbramento um europeu começa, ainda que quase imperceptivelmente, a constatar as pequenas grandes diferenças que fazem este mundo ser tão diferente do outro.
Os EUA são uma sociedade competitiva. Facto absolutamente incontornável e axioma sugestivo para início de conversa em qualquer cocktail de empresa. Para a tornar competitiva vivem sobre o auspício (verdadeiro e não meramente retórico) da igualdade de oportunidades. A todos é dado oportunidade de vencer, de conquistar, e os que conseguem muito bem, os que não conseguem muito mal, i.e., os que conseguem por isso são admirados e queridos sem qualquer ponta da inveja, hipocrisia ou desdém – não existe o comportamento clássico europeu (sobretudo latino) de “puxar para baixo” ou nivelar pela mediana. Os que não conseguem, apesar das oportunidades, são entregues aquilo que os americanos têm de pior, a solidariedade.
E porque é assim, porque a sociedade americana assenta nesta base, o individualismo é quem mais ordena. Quem está ao meu lado é meu concorrente. Eu estou por minha conta e por minha conta estou, eu não dependo de ninguém nem de ninguém quero depender. Por mais estranho que aparente a um europeu, a amizade não é um conceito indispensável para sobreviver nos EUA, e muito menos é o conceito de família.
A mim tudo isto não me parece necessariamente mau, antes pelo contrário, a Europa está no estado em que se encontra por absoluto imobilismo, pelo horror à competição – no fundo, no fundo somos todos uns grandes amigalhaços – e por teimar que todo o insucesso tem uma explicação.
Por outro lado não significa que tudo seja necessariamente bom, um americano quando o dia acaba tem de sentir uma solidão angustiante. Mas para isso sempre existe Prozac.
Os EUA são uma sociedade competitiva. Facto absolutamente incontornável e axioma sugestivo para início de conversa em qualquer cocktail de empresa. Para a tornar competitiva vivem sobre o auspício (verdadeiro e não meramente retórico) da igualdade de oportunidades. A todos é dado oportunidade de vencer, de conquistar, e os que conseguem muito bem, os que não conseguem muito mal, i.e., os que conseguem por isso são admirados e queridos sem qualquer ponta da inveja, hipocrisia ou desdém – não existe o comportamento clássico europeu (sobretudo latino) de “puxar para baixo” ou nivelar pela mediana. Os que não conseguem, apesar das oportunidades, são entregues aquilo que os americanos têm de pior, a solidariedade.
E porque é assim, porque a sociedade americana assenta nesta base, o individualismo é quem mais ordena. Quem está ao meu lado é meu concorrente. Eu estou por minha conta e por minha conta estou, eu não dependo de ninguém nem de ninguém quero depender. Por mais estranho que aparente a um europeu, a amizade não é um conceito indispensável para sobreviver nos EUA, e muito menos é o conceito de família.
A mim tudo isto não me parece necessariamente mau, antes pelo contrário, a Europa está no estado em que se encontra por absoluto imobilismo, pelo horror à competição – no fundo, no fundo somos todos uns grandes amigalhaços – e por teimar que todo o insucesso tem uma explicação.
Por outro lado não significa que tudo seja necessariamente bom, um americano quando o dia acaba tem de sentir uma solidão angustiante. Mas para isso sempre existe Prozac.
quarta-feira, setembro 20, 2006
Freak Scene
Sunburned Hand of the Man
Ontem na ZDB, com os Loosers e principalmente com os Sunburned Hand of the Man, montou-se uma verdadeira pagodeira. Um clássico caso do tipo "nem saberia por onde começar". Tanta liberdade até assustou.
terça-feira, setembro 19, 2006
segunda-feira, setembro 18, 2006
Há coisas que não têm preço
Por imperativos de justiça só decidirei daqui a duas ou três semanas mas, a julgar (permaturamente) pelo nº1, o Sol não ganha em mim um cliente. Como criatura de hábitos compulsivos viciada na segurança que esses mesmo hábitos conferem à minha existência/sobrevivência, temo e desejo ao mesmo tempo que me manterei do lado do Expresso.
De qualquer maneira, a estreia do Sol valeu quanto mais não seja pela entrevista a Maria Filomena Mónica. Pelas melhores e piores razões, só aquilo valeu os 2€ de despesa. Aliás, se o novo semanário mantivesse o calibre da rúbrica de uma forma estável e sustentável no seu futuro, acredito que muitos leitores (incluindo eu) não resistiriam a comprá-lo todos os sábados. Pena é a certeza que assim não acontecerá. O debut pôs a página 2 numa fasquia muito alta.
De qualquer maneira, a estreia do Sol valeu quanto mais não seja pela entrevista a Maria Filomena Mónica. Pelas melhores e piores razões, só aquilo valeu os 2€ de despesa. Aliás, se o novo semanário mantivesse o calibre da rúbrica de uma forma estável e sustentável no seu futuro, acredito que muitos leitores (incluindo eu) não resistiriam a comprá-lo todos os sábados. Pena é a certeza que assim não acontecerá. O debut pôs a página 2 numa fasquia muito alta.
Quando a Bertrand é a Meia-Laranja
Sobre o "Balada da Praia dos Cães" apenas há a dizer que é pior que cavalo ou crack cocaine. José Cardoso Pires (o JCP que não se confude com o nosso JCP e que nada tem a ver com a JCP) é o dealer e a Bertrand (ou qualquer outra livraria onde se venda o produto) funciona como o Casal Ventoso. Agora, que venha a ressaca.
sexta-feira, setembro 15, 2006
Chicago sport scene
Apesar do Jordan, do futebol americano, do soccer do que seja, em Chicago a instituição desportiva são os Cubs, jogam o pior baseball do planeta (i.e dos USA) e não ganham um campeonato desde 1905. Seus grandes rivais... White Sox de South side Chicago. Curiosidade... nunca jogam uma contra a outra porque disputam ligas diferentes (uma a American League outra a National league).
quinta-feira, setembro 14, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006
E se... #3
... a Elsa Pataky tivesse mais tempo de antena durante a película? É essa a terceira interrogação que fica depois do seu visionamento. Estou farto de filmes machistas.
E se... #2
... alguém que sofra de ofidiofobia (medo de cobras) se lembrar de ir ver o filme? É essa a segunda interrogação que fica depois do seu visionamento. A resposta é clara. Com certeza que perderá de entre 10 a 15 anos de vida durante uns escassos 105 minutos.
E se... #1
... o novo "Snakes on a Plane" tivesse realizado por John Carpenter? É essa a primeira interrogação que fica depois do seu visionamento.
terça-feira, setembro 12, 2006
10-15 segundos de fama
O filme é óptimo, a realização belíssima, a fotografia e a montagem são prodigiosas, o Nicholson está no seu melhor... yada, yada, yada. Tudo isso é verdade mas o que é realmente interessa neste filme ainda ninguém falou e, pior, parece que quem tem ido ao inestimável Nimas não tem levado consigo a devida atenção. Eu reparei de imediato e fiquei absolutamente petrificado. Numa das cenas filmadas on location em Barcelona, a personagem de Maria Schneider dirige-se a um hotel nas Ramblas para fazer algo que para agora não interessa (principalmente para quem não teve ainda o prazer de ver a obra). E não é que, para enorme espanto deste que vos escreve, a personagem feminina ao dirigir-se à recepção, é atendida nada mais nada menos por um concierge interpretado pelo lendário ex-vice-presidente e sofrível ex-presidente do F.C. Barcelona, Joan Gaspart (à época nos seus 30-35 anos). Isto sim é informação importante sobre o filme. E que o céu me caia em cima se isto que afirmo não é verdade!
segunda-feira, setembro 11, 2006
Fantasmas
O que me anda a preocupar realmente é nunca ter sido publicado por aqui um post com uma citação acompanhada de uma nota do género "bold meu" ou "itálico meu". A continuar assim, tardará muito para a Cooperativa alcançar alguma maturidade.
Nos próximos tempos alguma coisa terá que ser feita em relação a esta maçada.
Nos próximos tempos alguma coisa terá que ser feita em relação a esta maçada.
sexta-feira, setembro 08, 2006
Penny volvió
Pretextos são sempre pretextos. Há uns melhores que os outros, mas nenhum escapa a um inevitável grau de oportunismo. Confissão feita, vamos ao que interessa.
Aproveito então o pretexto bem fajuto da estreia nesta semana que finda do "Volver" de Álmodovar para, mais uma vez, decorar convenientemente este blog. Vale tudo para pôr uma fotografia de Penny por estas bandas. Em relação ao filme, este vosso que vos escreve opinou o que tinha a opinar há uns meses, aquando da respectiva ante-estreia por ocasião do agradável Lisbon Village Festival (1º Festival de Cinema Digital da Europa). Mas isso são coisas secundárias e coisas secundárias são para ficar em segundo plano.
Prioridades são prioridades e o que se pretende com este candidato a post é mesmo publicar a foto que o acompanha. Há vezes em que mesmo as palavras estão a mais.
Aproveito então o pretexto bem fajuto da estreia nesta semana que finda do "Volver" de Álmodovar para, mais uma vez, decorar convenientemente este blog. Vale tudo para pôr uma fotografia de Penny por estas bandas. Em relação ao filme, este vosso que vos escreve opinou o que tinha a opinar há uns meses, aquando da respectiva ante-estreia por ocasião do agradável Lisbon Village Festival (1º Festival de Cinema Digital da Europa). Mas isso são coisas secundárias e coisas secundárias são para ficar em segundo plano.
Prioridades são prioridades e o que se pretende com este candidato a post é mesmo publicar a foto que o acompanha. Há vezes em que mesmo as palavras estão a mais.
quinta-feira, setembro 07, 2006
Claro como a água
Aqui está uma daquelas vezes em que não corro qualquer tipo de risco em falar em nome de todos os membros deste blog. Neste caso a audácia é nula. Como é evidente, também a Cooperativa junta o seu nome a estes. Óbvio.
terça-feira, setembro 05, 2006
Não leiam o texto
As pessoas insistem em dividir tudo em branco e preto para facilitar a compreensão do que os rodeia: são os cowboys e os índios, os bons e os maus, os países do eixo do mal e os outros, etc.
Esta é claramente uma forma simplista de ver as coisas, e por isso, como sou básico, decidi criar também uma divisão simplista do universo musical.
Criei portanto dois grandes grupos: A musica egoísta e a musica altruísta.
As músicas egoístas, caracterizam-se por terem um ritmo nem sempre uniforme, serem bastante complexa e normalmente têm letras mais interessantes. Funcionam muito bem num i-pod.
As músicas altruístas, caracterizam-se por um ritmo constante, uma letra muito simples (e menos trabalhada) e têm aquela característica a que se acostumou chamar “ser fácil ao ouvido”. Devem ser ouvidas em conjunto com outras pessoas.
Ora o mais interessante é que isto reflecte-se nas pessoas que ouvem a música, sendo tanto mais egoístas ou altruístas conforme a quantidade de música que ouvem de cada género.
Outro ponto interessante é que a musica que normalmente ocupa os tops de vendas são exemplos perfeitos do que entendo ser a música altruísta.
É portanto com muito prazer que vos digo que a nossa sociedade afinal está no bom caminho. Isto se calhar é uma extrapolação exagerada, mas acontece que para além de básico também sou optimista.
Esta é claramente uma forma simplista de ver as coisas, e por isso, como sou básico, decidi criar também uma divisão simplista do universo musical.
Criei portanto dois grandes grupos: A musica egoísta e a musica altruísta.
As músicas egoístas, caracterizam-se por terem um ritmo nem sempre uniforme, serem bastante complexa e normalmente têm letras mais interessantes. Funcionam muito bem num i-pod.
As músicas altruístas, caracterizam-se por um ritmo constante, uma letra muito simples (e menos trabalhada) e têm aquela característica a que se acostumou chamar “ser fácil ao ouvido”. Devem ser ouvidas em conjunto com outras pessoas.
Ora o mais interessante é que isto reflecte-se nas pessoas que ouvem a música, sendo tanto mais egoístas ou altruístas conforme a quantidade de música que ouvem de cada género.
Outro ponto interessante é que a musica que normalmente ocupa os tops de vendas são exemplos perfeitos do que entendo ser a música altruísta.
É portanto com muito prazer que vos digo que a nossa sociedade afinal está no bom caminho. Isto se calhar é uma extrapolação exagerada, mas acontece que para além de básico também sou optimista.
O homem ainda manda na máquina
O meu computador a partir de hoje ficou menos homofóbico, ou melhor, mais tolerante. Adicionei ao dicionário do Word os vocábulos homofobia, gay, lésbica, bissexual, transfobia, transgénero ou transsexual e respectivas variantes.
segunda-feira, setembro 04, 2006
sexta-feira, setembro 01, 2006
quinta-feira, agosto 31, 2006
quarta-feira, agosto 30, 2006
Miscigenação
Encontrar o "Paranoid" dos Black Sabbath dentro da caixa do "Paid in Full" do Eric B. & Rakim.
terça-feira, agosto 29, 2006
Precedências
A propósito da tão propalada refundação da direita portuguesa tem havido um manifesto equívoco de ordem prática que irremediavelmente vai inquinar todo o processo. Para se proceder à refundação do que quer que seja, há que haver uma fundação prévia. Primeiro funda-se. Depois, se quiserem, refunda-se.
Nestas coisas a lógica pode ser de uma tirania esmagadora.
Nestas coisas a lógica pode ser de uma tirania esmagadora.
segunda-feira, agosto 28, 2006
Resoluções de Verão
Quando for grande quero ser metálico ou comunista. Se conseguir os dois em simultâneo melhor ainda.
quinta-feira, agosto 24, 2006
Tendência implacável
Primeiro a reforma da Segurança Social. Agora Plutão deixa de ser planeta para ser um anão.
Muito do que aprendi na faculdade (e convenhamos... não foi assim tanto) vai por água abaixo. Definitivamente, essa coisa romântica dos direitos adquiridos já não é o que era.
Muito do que aprendi na faculdade (e convenhamos... não foi assim tanto) vai por água abaixo. Definitivamente, essa coisa romântica dos direitos adquiridos já não é o que era.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Terapia de choque
sexta-feira, agosto 11, 2006
quinta-feira, agosto 10, 2006
... e de repente, poderia ser considerada a melhor música de sempre...
I see the shapes,
I remember from maps.
I see the shoreline.
I see the whitecaps.
A baseball diamond, nice weather down there.
I see the school and the houses where the kids are.
Places to park by the factories and buildings.
Restaunts and bar for later in the evening.
Then we come to the farmlands, and the undeveloped areas.
And I have learned how these things work together.
I see the parkway that passes through them all.
And I have learned how to look at these things and I say,
(chorus)
I wouldnt live there if you paid me.
I couldnt live like that, no siree!
I couldnt do the things the way those people do.
I couldnt live there if you paid me to.
I guess its healthy, I guess the air is clean.
I guess those people have fun with their neighbours and friends.
Look at that kitchen and all of that food.
Look at them eat it guess it tastes real good.
They grow it in the farmlands
And they take it to the stores
They put it in the car trunk
And they bring it back home
And I say ...
(chorus)
I wouldnt live there if you paid me.
I couldnt live like that, no siree!
I couldnt do the things the way those people do.
I wouldnt live there if you paid me to.
Im tired of looking out the windows of the airplane
Im tired of travelling, I want to be somewhere.
Its not even worth talking
About those people down there.
Goo goo ga ga ga
Goo goo ga ga ga
The Big Country, Talking Heads
I remember from maps.
I see the shoreline.
I see the whitecaps.
A baseball diamond, nice weather down there.
I see the school and the houses where the kids are.
Places to park by the factories and buildings.
Restaunts and bar for later in the evening.
Then we come to the farmlands, and the undeveloped areas.
And I have learned how these things work together.
I see the parkway that passes through them all.
And I have learned how to look at these things and I say,
(chorus)
I wouldnt live there if you paid me.
I couldnt live like that, no siree!
I couldnt do the things the way those people do.
I couldnt live there if you paid me to.
I guess its healthy, I guess the air is clean.
I guess those people have fun with their neighbours and friends.
Look at that kitchen and all of that food.
Look at them eat it guess it tastes real good.
They grow it in the farmlands
And they take it to the stores
They put it in the car trunk
And they bring it back home
And I say ...
(chorus)
I wouldnt live there if you paid me.
I couldnt live like that, no siree!
I couldnt do the things the way those people do.
I wouldnt live there if you paid me to.
Im tired of looking out the windows of the airplane
Im tired of travelling, I want to be somewhere.
Its not even worth talking
About those people down there.
Goo goo ga ga ga
Goo goo ga ga ga
The Big Country, Talking Heads
quarta-feira, agosto 09, 2006
Silly season por Lx #2
Os dias andam bem mais ligeiros desde que o Eduardo Prado Coelho e a sua coluna no Público meteram férias. Um mês de alívio para o leitor acossado. Ainda faltam 21 dias.
terça-feira, agosto 08, 2006
Silly season por Lx #1
A actualidade do CDS/PP é uma verdadeira benção. Sem dúvida - e como vem já sendo hábito desde a demissão de Paulo Portas - que é o único partido que combate decentemente o marasmo que têm sido as últimas semanas de actualidade político-partidária. De se lhes tirar o chapéu.
Melhor, só mesmo a reedição do catálogo completo dos Funkadelic na Westbound. Mas com isso, nem o CDS/PP consegue competir... it's a parliafunkadelicment thang.
Melhor, só mesmo a reedição do catálogo completo dos Funkadelic na Westbound. Mas com isso, nem o CDS/PP consegue competir... it's a parliafunkadelicment thang.
segunda-feira, agosto 07, 2006
quinta-feira, agosto 03, 2006
quarta-feira, agosto 02, 2006
,
A partir do momento que se desfruta de uma costeleta de vitela como a que provei ontem no magnífico "Vírgula" à beira Tejo, só me apraz dizer que o vegetarianismo deveria ser considerado prática ilegal.
terça-feira, agosto 01, 2006
segunda-feira, julho 31, 2006
Buraka Som Sistema *
Enquanto a caravana passa, ainda há velhos do Restelo que continuam a insistir que nada de novo se passa na música nacional.
* O EP de estreia, “From Buraka to the World EP”, é de venda exclusiva na FNAC e tem uma edição limitada de 500 cópias... run Forrest, run!!!
* O EP de estreia, “From Buraka to the World EP”, é de venda exclusiva na FNAC e tem uma edição limitada de 500 cópias... run Forrest, run!!!
quinta-feira, julho 27, 2006
quarta-feira, julho 26, 2006
Uns têem, outros não
O último dos Sonic Youth, "Rather Ripped". Ora aí está um álbum com carradas de kavorka. Toneladas mesmo.
Déjà-vu
Triste, mas utilíssima, coincidência esta de ter começado a ler o “Israel: A History” do inglês Martin Gilbert numa altura em que o Médio Oriente volta à actualidade com mais uma das suas cíclicas guerras (essa estupidez do aumento de violência ou escalada de tensão não pega).
O livro é em si mesmo é um supra-sumo. A sua grandeza (600 e tal páginas) é paradoxalmente proporcional à facilidade com que se lê. Por outro lado, a clareza histórica aliada à honestidade intelectual com que o incansável historiador escreve é bastante reconfortante para qualquer leitor (principalmente num tema como este).
O que acaba por ser perturbador é o simples facto que toda a problemática, salvo algumas nuances, permanecer exactamente a mesma desde há pelo menos 80 anos para cá. A essência de todo o cenário em nada se alterou.
Independentemente dos lados, a intransigência é a mesma. O recurso à violência continua a ser o único meio considerado genuinamente válido e proveitoso para o que quer que seja e por quem quer que seja. A intolerância étnico-religiosa mantém-se, permanece a mesma falta de diálogo e verificam-se as mesmas tácticas terroristas. Continuam as semelhantes posições unilaterais e a mesma passividade e incompetência da so called comunidade internacional. As mesmas explosões de violência periódicas, os mesmos... enfim, o mesmo tudo e o mesmo nada.
O livro é em si mesmo é um supra-sumo. A sua grandeza (600 e tal páginas) é paradoxalmente proporcional à facilidade com que se lê. Por outro lado, a clareza histórica aliada à honestidade intelectual com que o incansável historiador escreve é bastante reconfortante para qualquer leitor (principalmente num tema como este).
O que acaba por ser perturbador é o simples facto que toda a problemática, salvo algumas nuances, permanecer exactamente a mesma desde há pelo menos 80 anos para cá. A essência de todo o cenário em nada se alterou.
Independentemente dos lados, a intransigência é a mesma. O recurso à violência continua a ser o único meio considerado genuinamente válido e proveitoso para o que quer que seja e por quem quer que seja. A intolerância étnico-religiosa mantém-se, permanece a mesma falta de diálogo e verificam-se as mesmas tácticas terroristas. Continuam as semelhantes posições unilaterais e a mesma passividade e incompetência da so called comunidade internacional. As mesmas explosões de violência periódicas, os mesmos... enfim, o mesmo tudo e o mesmo nada.
segunda-feira, julho 24, 2006
Filho de peixe (com certeza) sabe nadar
Pelas reacções femininas no sábado passado e tendo em conta o seu background paternal, não me admirava nada que o Julian Casablancas tivesse perdido a sua virgindade com uma top model. Quem pode, pode.
quarta-feira, julho 19, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
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