terça-feira, julho 31, 2007

Geração VHS


Foi o meu primeiro heist movie. Era só preciso pôr play, rebobinar e ver outra vez. E isto um porradão de vezes. A fita - de longe. a forma mais cool de dizer cassete em todo o sempre - era da minha mãe ou da minha avó. O' Toole e Audrey sempre foram importantes para as senhoras.

Ele num papel de fazer Jude Law um membro anónimo da classe operária da grande Londres (um metalúrgico ou coisa do género). Ela, um estandarte de moda que faria das meninas do Sex & the City donzelas de sociedade de uma série filmada em Felgueiras.

É justo que nem todos os clássicos são bons filmes. Mesmo assim foram poucas as vezes em que me senti tão bem em Paris.

Alarme!!

Parem as máquinas

Ingmar. Michelangelo. Basta.

sexta-feira, julho 27, 2007

Segurança máxima

“O aumento da violência no Líbano obrigou ao uso de coletes à prova de bala pelos militares portugueses.” Antena 1
O que me preocupa mais é que eles já os tinham. Se a noticia fosse, obrigou à compra de coletes era compreensível, queriam poupar e estavam à espera que aquilo ficasse mesmo mal para gastar o dinheiro. Mas já tendo, parece-me no mínimo insensato estar no meio de um guerra e não usar coletes à prova de bala. Devia ser por causa do calor, toda a gente sabe que os coletes aquecem muito e pode não parecer mas Líbano é muito quente.

quinta-feira, julho 26, 2007

Miss Mann

E o Coliseu lá se transformou numa gigante cadeira de baloiço embalada por uma Calamity Jane de veludo. Miss Mann & Companhia nem sequer se furtaram a erros que obrigaram a recomeços. Tudo muito humano.

segunda-feira, julho 23, 2007

The Ultimate Chick Flick

Cinema ou cinefilia não são para aqui chamados. Só um homem especial teria como resultado uma coisa destas ao contactar com o seu lado feminino.

quarta-feira, julho 18, 2007

Metendo o bedelho onde não sou chamado

Vejo que a questão do melhor álbum do ano é coisa que já motiva muita gente. Não levará a mal o meu caro Major que eu aproveite a ocasião para sugerir mais um nome para a lista. Trata-se do improvável triunfo (ou não tanto) publicado aqui em baixo. Hip Priest com os Mouse on Mars. Um candidato sério. Seríssimo.

Tríade


"Tromatic Reflexxions" dos Von Südenfed

Queriam o quê?! Gambas com maionese?

Um aspirante a partido pretensamente de direita e conservador apresentar um cabeça de lista de nome Telmo já era, só por si, um facto melindroso. Agora basear a campanha eleitoral em questões fracturantes como o combate às salas de chuto e a caça ao graffiti dá no que deu... menos de quatro pontos percentuais (3,7 %).

Mais ruim era complicado e só não dá pena porque, ao fim e ao cabo, os alfacinhas livram-se de um aspirante a partido que nada tinha a oferecer à cidade. Afinal a banda não era só o grupo parlamentar. A banda é tudo aquilo.

sábado, julho 14, 2007

The Lounge Lizard

Diga-se desde já que a barba do fulano é um verdadeiro portento. Um força da natureza. Apesar disso as pessoas estavam lá para ouvi-lo e não para vê-lo. Lá no Lounge, ainda hoje um dos 3/4 santuários nocturnos de Lisboa que ainda interessam e com a capacidade de fazer as pessoas felizes. E as pessoas, muitas. Estava lá o jet-set todo. Desde amadores, semi-profissionais e profissionais, a um ou dois dos 37 membros dos !!! que tinham acabado de tocar algures na capital num dos 452 festivais de música de verão (expressão abominável esta).

Depois de uma boa hora a beber copos em plena Rua da Moeda, Kyp lá pegou na guitarra, tratou de a ligar ao amplificador e toma lá um chuto nos tomates. Começa com uma desarmada música dedicada à filha. Percebeu-se que não se estava ali para dançar. Tudo aquilo, toda aquela hora de stand-up music era pura expiação. Um homem. Uma guitarra.

Com o decorrer do set vários foram os convidados a partilhar o palco com Kyp, que por sinal também é Malone. Ora sozinhos, ora em orgia, lá estavam Bob Dylan, Gil Scott-Heron, Jimi Hendrix, John Cale, Lou Reed, o Boss do Nebraska, Andy Warhol, Tom Verlaine, Basquiat, Jeff Buckley. Um monte deles. Um monte.

No fim, afectuosidade foi o que ficou. Do Kyp para com o público. Do público para com o Malone. Tudo muito familiar. Alguns filisteus ainda insistiram na ideia que durante aquela hora estava-se ali para beber umas imperiais e ouvir o barbudo em cima do palco. Mas é sempre assim. Todas as famílias têm as suas ovelhas negras.

terça-feira, julho 10, 2007


Será que a Formula 1 vai voltar a ser interessante?


O maravilhoso mundo das start-ups

A Google comprou uma empresa de segurança de e-mail (Postini) para melhor a privacidade do G-mail.
Pagou $625 milhões, cash.
Pagou quase 6 vezes a facturação projectada da Postini para o próximo.
O mercado aplaude, as acções da Google batem o máximo histórico (542.56$).

É esta facilidade de circulação de capitais e coragem de investimento que impressiona, não tendo paralelo em qualquer outro lado.

O mercado é impiedoso

O preço da Playstation 3 desce 100$ nos EUA.
Quando os alegadamente melhores gráficos não servem de factor de diferenciação, melhor voltar atrás, repensar e baixar o preço para ser mais competitivo.
Duvido que a Sony recupere.

segunda-feira, julho 09, 2007

No festival em que acabaram com o Crispy Fillet...

..descobri como começam as religiões

www.youtube.com/watch?v=y7jjT9KSDfg&mode=related&search=

Coisas minhas

Em quem vou votar para a CMLx ainda não sei (suspeito). Apesar disso uma coisa é mais que certa: o meu voto é e (pela primeira vez) manter-se-á secreto. Também tenho direito aos meus fantasmas. Só meus.

In the Land of Woman

A Meg Ryan devia processar o talhante que lhe fez aquela operação plástica. Parece um still frame do “ar” que fazia quando o Tom Hanks lhe dizia uma estupidez qualquer e ela franzia o nariz.

O filme entretém. Gostei dos diálogos, e das interpretações, gostei também das referências ao John Hughes, ao “Deliverance”, do generation gap. No fundo o Kasdan júnior teve o mesmo percurso cinematográfico que eu na adolescência e isso, quer queiramos quer não, representa uma barreira temporal importante.

Ou seja, Scorsese foi influenciado pelo realismo italiano, Spielberg pelo Capra, Kazan ou outro, ora isso parece-me tudo muito bem, e não tenho nada contra. Mas por mais que goste daqueles realizadores, eu não fui influenciado pelas suas influências (pelo menos na idade em que se é altamente influenciável pelo cinema).
Aqueles filmes geracionais que marcam a década e depois caem no total oblívio, sendo inevitavelmente, passados uns anos rotulados de filmes de culto, são filmes normalmente marcantes. “breakfast club” é um deles e, em certa medida, “deliverance” também.

Ida ao CCB (Centro Cultural de Belém)

Muita quantidade, não há dúvida.
De pintura e de gente.
Não vou discutir a qualidade das obras… eram muitas.
Art Pop a esmagar. Pintura a metro dos Roys, dos Andys e dos Marceles.
Aqui sim é difícil ter uma colecção original.
Crianças a berrar, malta de fato de banho em transbordo para a praia, telemóveis a tocar “então pá tas bom!”. No fundo, uma opção mais económica do que ir para o CCC (Centro Comercial do Colombo).
Wimbledon não é o meu “Slam” de eleição. Por ordem de preferência está em terceiro lugar só atrás de Austrália, que salvo o momento de choro de Sampras à uns anos, não deu qualquer contributo para o desenvolvimento da modalidade.

Federer queria muito ganhar, queria tanto ganhar que acusou o toque da pressão. Jogou pior do que seria suposto, e Nadal jogou muito melhor do que seria suposto. Nadal estava com uma perdição terrível pelo jogo em cima da linha e tudo lhe estava a sair bem, o jogo curto estava celestial e a esquerda cruzada anormalmente boa, e isto apesar de ter entrado em campo com mais 6 horas e tal de jogo e sem “blazer” vestido.

Tenho mesmo ideia que Federer nunca tirou o “blazer” que trazia posto, e por pouco não foi confrontado com a dura realidade de break para 4-2 no 5º set. Diria mesmo que Federer por um ás que não perdeu o jogo.

Talvez por um ás e pela quantidade de primeiros serviços que “espetou” fora nos tie-breaks, o que comparado com todos os primeiros serviços dentro excepto um (mas nenhum ás) de Federer fez a diferença sobretudo no último tie-break.

Em tempos disse que estavam encontrados os protagonistas dos duelos que o ATP tanto precisava. E mantenho, mas com um aliciante suplementar, ver quem ganha no terreno de quem. Se Federer em Roland Garros, se Nadal em Wimbledon. Honestamente já estive mais convencido, sobretudo depois de ontem.

Coisas (realmente) importantes

É um post mais que justo mas falha na escolha sugestiva da sanduíche. A de rosbife é esplêndida. Agora a de patê com pickles em pão de centeio já se eleva para outros patamares. Bestialmente fabulosa. Pornografia pura.

Anti-herói

Em versão hardcore. Aliás, na conquista do Oeste americano não podia ser de outra forma. A fronteira americana não era coisa para eruditos. Era coisa para gente como o Al. Gente com a boca mais suja do planeta. Gente com um gosto especial por pêssegos enlatados.

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